29 de novembro de 2007

ESPÍRITO

Com a aproximação da Guerra dos Trinta Anos, René Descartes decide alistar-se no exército bávaro. Faz muito frio no acampamento, e ele se enfurna num quarto quente feito estufa, onde se isola. Às voltas consigo mesmo, entretido com seus pensamentos, vive a experiência filosófica que descreveria mais tarde no Discurso do Método.

Quem lembra o fato, quatro séculos depois, é Bertrand Russell, que aproveita a ocasião para a tirada: "Sócrates costumava meditar um dia inteiro na neve, mas a mente de Descartes só funcionava quando ele estava aquecido."

DE RASPÃO

França, final da década de 30. Um pequeno e seleto grupo se dedica à leitura de textos de Kant. Entre eles, Alexandre Kojève e Eric Weil, que às vezes se estendem em controvérsias vagas. "Um ou outro, o que estava claramente sem razão, argumentava incansavelmente." Quem lembra é Raymond Aron, que fazia parte da turma.

No tabuleiro


'Loolah's Family Scolarship'


Quase 34% dos brazucas radicados nas terras que eram do Citibank - agora são um pouquinho de Abu Dhabi - estão na pobreza ou perto dela, diz o Centro para Estudos de Imigração.

Somos piores que os iranianos, os poloneses e os filipinos.

PRECONCEITO SEXUAL

— Ai, meu pé!
— Você diz isso por preconceito.
— Como? Você pisou no meu pé, Armina!
— Tudo bem. Mas precisava reagir desse jeito?
— Você preferia que eu dissesse “uh”, por acaso? Uh, continua doendo! Foi bem no ded...
— Não é o “ai”, Botero, é a maneira como você fala.
— Que é que você disse? Ai, digo, uh, essa agora foi...
— Eu disse que esse seu “ai” tá carregado de preconceito sexual.
— Se tem uma coisa contra a qual não tenho preconceito é sexo, Armina. Pelo contrário, gosto muito. Você é que às vezes...
— Preconceito contra o sexo! Machismo! Você é contra o meu sexo!
— Se é o que eu prefiro!

(Mais, aqui)