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Uma cena me chamou atenção no dia em que a seleção brasileira levou um baile da seleção francesa na Copa do Mundo de 2006:
quando o jogo já se aproximava daqueles instantes dramáticos,nos quinze minutos finais do segundo tempo, a câmera mostrou a imagem do técnico Parreira. Qualquer outro brasileiro estaria botando o coração pela boca ( vide o que faz Scolari), porque o time estava a minutos da eliminação. Mas Parreira ( técnico competente porque ganhou uma Copa em 94 com um time apenas razoável) exibia um ar pétreo, distante, germânico, impassível. Uma atitude que não soava nem um pouco brasileira. Quem disse que a frieza um técnico não contamina também o time dentro de campo ?
Agora, uma cena parecida,colhida pelas câmeras não durante uma derrota, mas uma vitória, causa igual estranheza:
quando a seleção de vôlei fez o ponto que ganrantiu a conquista da medalha de ouro no Pan, as câmeras procuraram o rosto do técnico Bernardinho. E lá estava ele, com ar pétreo de quem estava testemunhando um velório.
Acorda, Freud! Dai-nos uma explicação.
Há qualquer coisa de errado nestas tentativas de adotar, em situações-limite, uma atitude que não combina em nada, nada,nada, para o bem e para o mal, com o Brasil.
28 de julho de 2007
SE PICA FIDEL!
Acabo de ver na TV atletas cubanos já no Aeroporto do Galeão, no Rio, para embarcar às pressas para Cuba. Ordens expressas do grande líder democrata Fidel Castro. Teria chegado aos ouvidos cheios de cabelo e vermes do sapo barbudo que haveria fuga em massa dos atletas. É a maravilhosa liberdade elogiada por tanta gente no Brasil. Fidel ainda está vivo. Como não podemos apressar-lhe a morte física e do regime que ele instaurou e sedimentou só nos resta torcer e fazer uma grande campanha cujo mote é: SE PICA FIDEL!
André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente
É lamentável que um escritor criticado prefira partir para o ataque pessoal a defender sua obra. E quando não há obra a defender? Aí é um problema sério. Há pouco mais de um ano a Veja deu um cacete justo no escritor André Sant’Anna, que, num texto para o Rascunho, não só faz biquinho como acusa Jerônimo Teixeira de estar a serviço, não de sua consciência e preferências estético-literárias, mas do seu chefe, o redator-chefe de Veja, Mario Sabino, jornalista culto e de texto impecável.
O texto de André Sant’Anna é ruim, mal construído. Sua obra padece de uma pobreza, de um primarismo estético, deplorável. E não é só isso. O moço salpica palavrões como um pizzaiolo o faz com o orégano. O palavrão é o alicerce de sua produção literária, e é o que a define, justifica e celebra. André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Se hoje fossem abolidas as palavras “porra” e “caralho” o moço teria que vender laranja na praça.
Digo e repito: André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Antes de se tansformar no Paulo César Pereio da literatura brasileira recente, Sant’Anna tocou baixo, compôs músicas e trabalhou com publicidade. É o caso de fazer o caminho de volta.
O texto de André Sant’Anna é ruim, mal construído. Sua obra padece de uma pobreza, de um primarismo estético, deplorável. E não é só isso. O moço salpica palavrões como um pizzaiolo o faz com o orégano. O palavrão é o alicerce de sua produção literária, e é o que a define, justifica e celebra. André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Se hoje fossem abolidas as palavras “porra” e “caralho” o moço teria que vender laranja na praça.
Digo e repito: André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Antes de se tansformar no Paulo César Pereio da literatura brasileira recente, Sant’Anna tocou baixo, compôs músicas e trabalhou com publicidade. É o caso de fazer o caminho de volta.
TEORIA DA INVOLUÇÃO
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Segundo os antropólogos, o homem levou milênios para desenvolver o aparelho fonador, outros tantos séculos para emitir sons distinguíveis, algum tempo mais para elaborar um vocabulário e, finalmente, poucos segundos para dizer frases do tipo “Você vem sempre por aqui, benzinho?” e arruinar uma paquera relativamente bem-encaminhada.
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(Mais teses darwinistas ma non troppo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/fala-e-evoluo-da-espcie.html)
Segundo os antropólogos, o homem levou milênios para desenvolver o aparelho fonador, outros tantos séculos para emitir sons distinguíveis, algum tempo mais para elaborar um vocabulário e, finalmente, poucos segundos para dizer frases do tipo “Você vem sempre por aqui, benzinho?” e arruinar uma paquera relativamente bem-encaminhada.
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(Mais teses darwinistas ma non troppo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/fala-e-evoluo-da-espcie.html)
O BRASIL É MACHO !
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Quando quer parecer que não é machista, o Brasil mete os pés pelas mãos. Um ministro recém-nomeado declara que só aceitou o cargo porque a mulher mandou. Um senador diz que só voltou trás da decisão de renunciar a um cargo na comissão de ética porque a mulher quis assim. O presidente, quem não se lembra ?, levava a mulher para reuniões técnicas, numa cena constrangedora. O que ela estava fazendo ali ?
As três cenas são patéticas.
Se uma mulher anunciasse ao país que só aceitara ser nomeada para um cargo de primeiro escalão do governo porque o marido mandou,
seria chamada de quê ?
Com toda certeza, seria chamada de pamonha, frouxa, vaca, indecisa.
Por que com os homens não é assim ? Por que, quando um homem público confessa que é um pamonha diante da mulher, também não desperta os (merecidos) risos de escárnio ?
O motivo é o seguinte : país machista tolera perfeitamente pamonhices cometidas por homens. Os paus mandados sabem que, ao confessarem de público que são paus mandados, não cairão no ridículo. Pelo contrário : terminarão vistos como "anti-machistas".
Mas o que, à primeira vista, parecia ser um gesto anti-machista na verdade é a consagração máxima do machismo.
A certeza de que não levarão vaias e ovos é que faz estes cavalheiros confessarem de público que só fazem o que as respectivas mulheres mandam.
Independentemente de crença, competência, filiação partidiária e seja lá o que for, deve-se desconfiar imediatamente do homem que diz que só faz o que a mulher quer.
Isso é patético. Patético. Patético.
(O vexame público se repete na chamada "esfera privada". Já ouvi, com esses ouvidos que as labaredas do crematório um dia vão consumir, o telefone de um profissional ( competente) tocar de meia em meia hora durante uma viagem de trabalho. Era a mulher, preocupada em monitorá-lo à distância. Perdi a confiança na competência do bicho. O pior é que gente assim trata a submissão à mulher como se fosse "virtude").
Repito : só em um país cem por cento machista um homem se declara escravo da mulher sem ter medo de cair para sempre, por todos os séculos, no mais absoluto ridículo.
Quando quer parecer que não é machista, o Brasil mete os pés pelas mãos. Um ministro recém-nomeado declara que só aceitou o cargo porque a mulher mandou. Um senador diz que só voltou trás da decisão de renunciar a um cargo na comissão de ética porque a mulher quis assim. O presidente, quem não se lembra ?, levava a mulher para reuniões técnicas, numa cena constrangedora. O que ela estava fazendo ali ?
As três cenas são patéticas.
Se uma mulher anunciasse ao país que só aceitara ser nomeada para um cargo de primeiro escalão do governo porque o marido mandou,
seria chamada de quê ?
Com toda certeza, seria chamada de pamonha, frouxa, vaca, indecisa.
Por que com os homens não é assim ? Por que, quando um homem público confessa que é um pamonha diante da mulher, também não desperta os (merecidos) risos de escárnio ?
O motivo é o seguinte : país machista tolera perfeitamente pamonhices cometidas por homens. Os paus mandados sabem que, ao confessarem de público que são paus mandados, não cairão no ridículo. Pelo contrário : terminarão vistos como "anti-machistas".
Mas o que, à primeira vista, parecia ser um gesto anti-machista na verdade é a consagração máxima do machismo.
A certeza de que não levarão vaias e ovos é que faz estes cavalheiros confessarem de público que só fazem o que as respectivas mulheres mandam.
Independentemente de crença, competência, filiação partidiária e seja lá o que for, deve-se desconfiar imediatamente do homem que diz que só faz o que a mulher quer.
Isso é patético. Patético. Patético.
(O vexame público se repete na chamada "esfera privada". Já ouvi, com esses ouvidos que as labaredas do crematório um dia vão consumir, o telefone de um profissional ( competente) tocar de meia em meia hora durante uma viagem de trabalho. Era a mulher, preocupada em monitorá-lo à distância. Perdi a confiança na competência do bicho. O pior é que gente assim trata a submissão à mulher como se fosse "virtude").
Repito : só em um país cem por cento machista um homem se declara escravo da mulher sem ter medo de cair para sempre, por todos os séculos, no mais absoluto ridículo.
....BOI,BOI,BOI....BOI DA CARA PRETA
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O boi da cara preta vai para as manchetes:
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070727_shambopress_pu.shtml)
O boi da cara preta vai para as manchetes:
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070727_shambopress_pu.shtml)
"O LIVRO ELETRÔNICO É UM ENGODO"
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Sérgio Augusto:
"O e-book ( ou livro eletrônico) é um engodo. Pode funcionar como suporte de pesquisa,igualando-se ao computador, imbatível na especialidade, mas não consigo imaginá-lo veiculando narrativas ficcionais. Entre outras coisas, porque o hipertexto é refém de um paradoxo: se sua capacidade de armazenar palavras é praticamente infinita, não se pode dizer o mesmo de nossa disposição para ler o que quer que seja numa tela. Experimente gramar Guerra e Paz numa edição eletrônica"
(Em "As Penas do Ofício", Editora Agir)
Sérgio Augusto:
"O e-book ( ou livro eletrônico) é um engodo. Pode funcionar como suporte de pesquisa,igualando-se ao computador, imbatível na especialidade, mas não consigo imaginá-lo veiculando narrativas ficcionais. Entre outras coisas, porque o hipertexto é refém de um paradoxo: se sua capacidade de armazenar palavras é praticamente infinita, não se pode dizer o mesmo de nossa disposição para ler o que quer que seja numa tela. Experimente gramar Guerra e Paz numa edição eletrônica"
(Em "As Penas do Ofício", Editora Agir)
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 2
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Ir aos poucos, com lucidez e cálculo, e sem qualquer arroubo, cortando as pontes atás de si: um prazeroso, estimulante exercício.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Ir aos poucos, com lucidez e cálculo, e sem qualquer arroubo, cortando as pontes atás de si: um prazeroso, estimulante exercício.
Joel Silveira, datilografado por GMN
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Tenho medo de que no último balanço, que se aproxima, eu chegue a esta arrasadora conclusão: não teria sido tudo um grande, patético equívoco ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
Tenho medo de que no último balanço, que se aproxima, eu chegue a esta arrasadora conclusão: não teria sido tudo um grande, patético equívoco ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
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