6 de setembro de 2007

A Bienal do Livro vem aí - Luiz Inácio Zéfiro da Silva


A Bienal do Livro vem aí - Paulo da Silva


A Bienal do Livro vem aí - Lula Amado


A Bienal do Livro vem aí - Lair Inácio Ribeiro da Silva


Desafios da moderna ficção contemporânea

- Tente fazer um road movie em Liechtenstein. Aí a gente começa a conversar.

Os Marconis também amam

- Amanhã vamos estar promovendo mais um grito dos excluídos em São Paulo.

- Jura? Posso me incluir?

- Claro que não!

COMO QUERER AMINSTEPPLAR O QUE HÁ DE RUIM

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"GANHAR DINHEIRO É COMO TOCAR PIANO, OU VOCÊ APRENDE ATÉ OS SETE ANOS OU DESISTA"
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Amin Stepple, financista

FILA NO ALÉM

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As senhas eram repartidas de acordo com o destino de cada um: azuis, Céu, para os virtuosos; brancas, Purgatório, para os pecadores leves; vermelhas, Inferno, para os pecadores pesados; e roxas com bolinhas verdes, Piauí, para políticos e jornalistas.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/o-frustrado-retorno-de-jesus-terra-3.html)

NEURÔNIOS

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— Escuta, de onde é que cê tava vindo com tanta pressa?
— Da medula espinal. Mensagem urgente pra arrepiar os pêlos das costas do nosso Descartes.
— Frio?
— Que nada. Ele sentiu cheiro de pescoço de mulher. Já viu? O indivíduo não pode sentir cheiro de pescoço de mulher que a gente tem que sair desabalado por aí pra neurotransmitir a informação a Deus e todo pêlo. E você? Por que tava vindo no sentido oposto?
— Pois então, essa história de cheiro de pescoço tem as suas conseqüências...
— Não me diga que o cara enfartou?
— Pelo contrário. Eu tava justamente passando mensagem pro pinto dele.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/neurnios.html)

NO ÔNIBUS

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— Trata-se de um rematado débil mental.
— Sem dúvida. Pra ser um cavalo completo, ele só precisa da crina.
— Nem isso! Aquele cabelinho no pescoço dele é uma crina escritinha.
— Então, só falta o diploma de jornalista.

EUFONIA

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— O problema do paulista é o nome.
— Como assim?
— "Carioca", "gaúcho", "paraibano" são palavras eufônicas. "Paulista" é meio insossa. Sugiro uma mudança.
— Pra "alckimistas"?
— Ou "cansados".
— "Malufistas", talvez.

PERGUNTA FEITA AOS CÉUS

É sério: o publicitário que criou a campanha da "Zeca-Feira" para uma marca de cerveja, seus sócios, serviçais, o motorista, a recepcionista, o gerente e o manobreiro da agência continuam soltos ?

PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 2

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De volta da cidadezinha onde passou as férias ( e onde também nasceu) , meu amigo comenta:

- Como tem poeta naquelas bandas ! Em cada esquina, em cada boteco, é um enxame deles. O que está em falta lá é a poesia...


Joel Silveira, datilografado por GMN

PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA

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Quando me perguntaram qual o lugar que,no meu entender, aquela Excelência lá de Brasília iria ocupar na história, não vacilei:

- Creio que nem no índice onomástico....


Joel Silveira, datilografado por GMN

TONI MARQUES COVER BAND (2)

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"O CÂNCER SÓ É SOLIDÁRIO NO PAULISTA"
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Otto Pedro de Lara

TONI MARQUES COVER BAND (1)

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"O PAULISTA NÃO É SOLIDÁRIO NEM NO CÂNCER"
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Otto Lara, Resende, Estado do Rio.

DIÁLOGOS NEURONIAIS

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— Cê sabe que às vezes eu penso em largar essa vida da metrópole e me mudar pro miolo de um publicitário, de um VJ ou, quem sabe, de um editor da Caras?
— Penso a mesma coisa. O ritmo aqui é perverso.
— Culpa do sistema. Muito nervoso.
— Não sou nenhum psicanalista, mas às vezes parece que todo mundo aqui tem complexo de Golgi.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/neurnios.html)

DIÁLOGOS PARADISÍACOS

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— Mais um motivo pra eu me mandar pro Brasil. É impossível ter privacidade aqui nesse lugar!
— E no Brasil você acha que vai ter? Ha! Vejo que você não domina o conceito de câmeras de vigilância nem conhece frases do tipo: “Sorria, você está sendo filmado”.
— Lá pelo menos eles colocam placas de aviso!
— Sim, mas só para evitar processos, o que seria desnecessário aqui. Afinal, como você bem sabe, no Céu não entram advogados.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/o-frustrado-retorno-de-jesus-terra-2.html)

SONZINHO

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— Você não é brasileira. Não tem o mínimo espírito empreendedor, mulher...
— Não e não. Não empresto, Aderaldo! Imagine só, eu investir meu dinheiro nisso. Chep!
— Como?
— Eu disse que não vou desperdiçar meu dinheiro nessa idéia estapafúrdia, porque...
— Não. Esse sonzinho que você fez...
— Sonzinho? Eu não fiz sonzinho nenhum!
— Claro que fez. “Xilop” ou “xilept”, alguma coisa assim.
— Não vem mudando de assunto, Aderaldo. Que mania! Toda vez que a gente tá falando sobre algo sério, você se esquiva. Chep!
— Olha aí!
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/esprito-empreendedor.html)

SEM DEFEITO

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— Está tudo acabado, Menezes.
— Ahn? Como assim?
— Assim, acabou, chegou, deu. Não quero mais viver com você.
— Você deve estar brincando, Maria Luísa! Posso saber por quê?
— A verdade é que você, Menezes, você...
— Eu não tenho sido bom, compreensivo, amigo, companheiro, carinhoso?
— Tem, tem. E isso é justamente parte do problema.
— Parte do problema? Acho que você ficou louca!
— Não, não, Menezes. Você é muito perfeito, Menezes, assim não tem mulher que agüente.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)

De FHC a Lula: aperfeiçoando o modelo da nação-chacina

A nova pirâmide econômica e social brasileira, na quase "dizoito" (caminhando para isso) era do binômio FHC/Lula: aos ricos, a exuberância daslu da acumulação primitiva ou originária; aos pobres, as cédulas-merrecas do Bolsa Família e similares; à classe média, a solução final dos juros (136% ao ano, no varejo) e impostos (carga de 34% ou quatro meses de salários/anual); ao lumpesinato artístico, litros de lábia baiana e alguns galões fiscais da Petrobras e congêneres. Como na fala final do poeta Paulo Martins, em "Terra em Transe", "é o triunfo da Beleza e da Justiça".

Banana e os novos Caetanos

Li, na Contigo (deve ter sido) ou foi Caras?, que a gata Luana Piovani comemorou 31 anos de pacovanice. O blog já encaminhou um ofício para o Gabinete Português de Leitura para que interceda na correção numérica do livro de "seu" Honoré. Como presente de aniversário, o blog descobriu um belo poema do grande poeta paraibano Augusto dos Anjos, cujo título não poderia ser mais inspirado. Isso, sim, é rock


PALLIDA LUNA (Augusto dos Anjos)

És do Passado! Vieste d'alvorada
N'asa dos elfos pela Morte espalma...
Cantas... e eu ouço esta berceuse calma
Da harpa dos mundos ideais do Nada!

Ergue o Missal brilhante de tu'alma,
Mas nessa elevação mistificada,
Vem, que eu te espero, Deusa constelada
Desce, anêmona êxul que o Céu ensalma!

Venhas e desças, Lua dos Martírios,
Desças, mas venhas pela unção dos lírios.
Visão de Ocaso de enluaradas comas,

Vaso de Unção descido dos espaços,
Para ungirmos nós dois, os nossos paços,
Na tule idealizada dos aromas.

Paulicéia nada desvairada

O humor dos paulistas é sempre uma cláusula pétrea. É por isso que São Paulo só teve três humoristas em quase qüinhentos anos de história: Oswald de Andrade, Flávio de Carvalho e Jânio Quadros. Aliás, parodiando Flávio de Carvalho,o que é humor para os outros não é humor para mim. Sacou, meu?

O PAC e o road movie

A maior contribuição do ministro da Cultura, Gilberto Gil, ao governo Lula seria explicar aos técnicos dos transportes a verdadeira causa das péssimas condições das rodovias: desde a época do Cinema Novo, todo filme brasileiro que se preze acaba sempre na estrada.

A reforma boa começa em casa



O anônimo chega em casa e encontra a mulher dele na cama com um imortal qualquer. Não trema, anônimo, é o preço da reforma ortográfica.

DENTRO DO CÉREBRO DE UM NOBEL

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— Barbeiro! Viu o que você fez? Arranhou toda a minha lateral!
— Ah, a culpa foi minha? Você atravessou o cruzamento voando! Tá pensando que é o quê? Um espermatozóide?
— E você? Por acaso não viu o sinal elétrico?
— Olha aí o estrago! Essa sinapse vai me custar uma nota...
— Isso que dá usar as vias cerebrais de um matemático laureado com o Nobel. Quando eu morava na massa encefálica de uma modelo, o tráfico era lento, lento.
— Pois é. E eu que passei muito tempo na de um vocalista de banda de rock? A gente podia andar livremente. A população era pequeníssima.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/neurnios.html)

NO PARAÍSO

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Jesus encontrou o Espírito Santo se divertindo a passear sobre a face das águas.
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— Já sei, você quer ir ao Brasil — falou o Invisível, assim que ele se aproximou.
— Nossa, como esse pessoal é fofoqueiro: já saíram espalhando por aí! — falou Jesus, caminhando sobre as ondas.
— Você deveria ser condenado ao Inferno, Jesus.
— Eu? Só por que quero ir ao Brasil?
— Não, porque concordou “saíram” com “pessoal”. Isso é que dá ter tanta aula de catecismo e tão poucas de gramática.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/o-frustrado-retorno-de-jesus-terra-2.html)

DO PERIGO DAS DROGAS

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— Adalberto! Vem cá, Adalberto! Passe isso pra cá, Maria Cecília, me dê. Me dê essa droga aqui de uma vez. Saramago? Então é esse o título?
— Não, esse é o autor.
— Saramago? José Saramago? Peraí, esse daí não foi o que ganhou o Oscar, outro dia?
— O Nobel, mãe.
— Ai, meu Deus! Ai, Jesus! Adalberto! Vem cá, Adalberto! Tá surdo? Tua filha tá lendo livros de novo! Uma menina tão bonita... Maria Cecília, ah, Maria Cecília, você nos mata de desgosto!
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/juventude-perdida.html)