13 de julho de 2007

DA SÉRIE ENTREVISTAS IMPROVÁVEIS : GABRIEL GARCÍA MARQUEZ DESCOBRE O DISCRETO MISTÉRIO DAS MATINÊS NO CINEMA



O cansaço deixou marcas inconfundíveis no rosto de Gabriel García Marquez: os olhos estão vermelhos, os cabelos desgrenhados clamam por um pente, a camisa branca exibe marcas de suor nas axilas. São 11 e 45 da noite.

Se pudesse escolher, ele estaria dormindo o quarto sono agora. Mas o Prêmio Nobel é homem de palavra. Cumpre a promessa feita horas antes : depois de passar a tarde inteira falando a estudantes de cinema sobre os segredos da criação literária - como se os talentos da imaginação pudessem ser transmitidos numa sala de aula - ele chega sozinho à recepção deste hotel de terceira categoria em Havana. Desaba o peso do corpo sobre uma poltrona vagabunda. Acende um charuto. Aceita com um meneio de cabeça a oferta do garçom : um copo de água mineral.

GGM acha que qualquer tempo concedido a repórteres é puro desperdício. Mas aceitara dar uma entrevista desde que o assunto não fosse literatura. Por imposição do entrevistado, o único tema permitido em nossa conversa seria o mais improvável e aparentemente mais desimportante de todos os assuntos por ventura merecedores de menção num diálogo com um prêmio Nobel de Literatura : o fascínio que as matinês de cinema exercem sobre ele até hoje.
Como todo grande escritor conquista o direito de exercitar pequenas excentricidades sem precisar dar explicações aos intrusos, GGM também determinou com antecedência o número de perguntas: somente seis. Nada além. Número cabalístico ? Jamais se saberá. Não pude perguntar. Não era este o assunto da entrevista.

Eis as descobertas de Gabriel García Marquez sobre as matinês:


1.Por que o senhor considera as matinês tão fascinantes ?

"À hora da matinê - uma palavra francesa metida a empurrões no castelhano - ,no interior dos cinemas, respira-se uma atmosfera lúgubre. Parece que os passos ressoam menos no piso atapetado, mas a verdade é que os que assistem à sessão das três procuram, inconscientemente, passar despercebidos. "É o sentimento de culpa da matinê", já disse alguém, definindo dessa maneira a atmosfera de mistério e clandestinidade que têm os cinemas às três da tarde"

2.O que é que diferencia, então, o frequentador de matinês dos das outras sessões ?

"Um cinema à hora da matinê se parece a um museu. Ambos têm um ar gelado, uma quietude funerária. E, entretanto, é a hora preferida dos verdadeiros cinéfilos. O verdadeiro cinéfilo vai ao cinema sempre sozinho. Senta-se invariavelmente nas laterais da sala. Não mastiga chiclete nem come qualquer tipo de guloseima. Não lê jornais nem revistas, pois permanece nas nuvens, concentrando a tela com ar de concentrada estupidez até começar a projeção"

3.Pelo que o senhor conseguiu observar no escuro, como é que este cinéfilo se comporta depois de iniciado o filme ?

"Desaperta o cinto, desamarra os cordões dos sapatos e o nó da gravata e trata de apoiar os joelhos ou pôr os pés no espaldar da poltrona dianteira. Cinco minutos depois de começada a a projeção, pode estourar uma bomba no cinema que o verdadeiro cinéfilo não se dará conta"

4.Mas não é possível que as matinês sejam povoadas somente por cinéfilos fanáticos. Quem é,então, que faz companhia a eles ?

"Vai também à matinê aquele a quem o cinema não tem a menor importância. É muito provável que a clientela das matinês diminuiria sensivelmente se os colégios secundários fossem fechados. Os estudantes que comumente vão ao cinema em grupos não têm outro interesse além de se refugiar em lugar seguro enquanto as aulas passam".

5.O fato de estudantes se refugiarem nas matinês para escapar das aulas explica o ar de estranha clandestinidade dessas sessões de cinema ?

"Como todos nós o fizemos alguma vez, é também muito provável que essa seja a origem do "sentimento de culpa" e da sensação de clandestinidade de que nós, adultos, padecemos na matinê. Devido a esse pequeno público, um cinema às três da tarde é o lugar mais seguro para um encontro escondido, para os amores secretos - por qualquer motivo - e para fugir a uma obrigação inadiável".

6.Qual foi a melhor definição que o senhor já ouviu sobre as matinês ?

" ``Quando tiver um problema sem solução, vá à matinê´´, dizia, há algum tempo, o gerente de uma importante empresa ao chefe de relações públicas : na quarta-feira da semana seguinte, eles se encontraram à saída de uma matinê".


Meia noite e meia. Gabriel García Marquez disfarça o bocejo, mas, dois minutos depois, emite um suspiro de cansaço e impaciência, como a dizer que chega, basta, já tinha dito o que queria sobre o mistério das matinês, um assunto mais importante do que todas as inúteis teorias literárias. Despede-se com um aperto de mão pouco convincente. Desaparece no penumbra de um corredor de hotel mal iluminado nesta noite de julho em Havana.

***************************
(*) PS: Tanto os encontros com Gabriel García Marquez em Havana quanto as perguntas da entrevista são imaginários: um exercício de realismo mágico amador. Mas as divagações de GGM sobre as matinês são verdadeiras : foram extraídas do texto "Por que você vai à matinê ?", publicado no livro "Textos Andinos" (Editora Record)

Confissão de um vencido

O treinador Dunga confessou que a Argentina é favorita na decisão contra o Brasil. Os eurochupetinhas tremem de medo. Cobrem a face com a cor da camisa: amarelam. Envergonham, por antecipação pusilânime, 185 milhões de Pardos IBGE. Desesperançados, nem mais acreditam que o juiz continuará sendo em campo nosso décimo-segundo jogador. E. no final, ainda irão se humilhar, implorando que os trânsfugas das Malvinas troquem a camisinha suada de Perón com eles. Bastardos, vermes, lavaremos com vaias cauê o infausto que impingirem à pátria.

Epitáfios Republicanos

Piora a saúde do senador baiano ACM. Chega uma hora em que a República tem de homenagear os seus melhores filhos, tem de pensar nos seus epitáfios. O que acham:
"Aqui jaz um malvado"

Nova Aquarela do Brasil

Já se sabia que "esse coqueiro que dá coco", mas nunca se imaginou que "esse coqueiro também desse vaia". E que cidade surpreendente "esse Rio que dá coca"!

Só depende de Cauê

Amanhã tem mais Pan, tem Lula lá entregando medalha. Se Cauê continuar vaiando, vamos até esquecer que a eleição do Cristo foi fraudada pelos traficantes e bicheiros.

Até tu, Cauê?

O Maracanã reviveu seus dias de glória. A vaia ecoou por todo o estádio, antes, durante e depois. Lula saiu cabisbaixo. Estava triste, confessou que já passou por muita coisa na presidência, mas jamais esperou que até Cauê o vaiasse.

Xiiii, falha nossa!

Lula LENDO a Capricho? Foi mal. É que eu ainda não me acostumei a ter um analfabeto na Presidência. Com todo respeito aos analfabetos que me lêem, claro.

Cobertura política

Lula tá de biquinho pro Chaves. O cholo da Venezuela ligou seis vezes pro celular do Pepê (nome carinhoso de presidente), mas, ao ouvir a Internacional Socialista que identifica a chamada do idiota em seu barril (dá pra entender?), Lula disse que tava de mal e foi ler a Capricho deste mês.

Outra medalha

O Rio de Janeiro ganhou a segunda medalha do Brasil no Pan, na categoria Ufanismo.

Desfalque

É triste constatar o desfalque de todos os traficantes do Rio de Janeiro nas competições de tiro ao alvo. Imagina o cara com um AR-15? Não ia sobrar nada do alvo...

É tetra! É tetra!

E a primeira medalha do Brasil acaba de sair para Elza Soares, na categoria Botox.

PERGUNTA FEITA AOS CÉUS


Quem desenhou as roupas dos ritmistas da "festa" de abertura do Pan continua solto?

Crítica-relâmpago - Abertura do Peter Pan

O mal que certos aparelhos causam na espontaneidade do nosso querido brasileiro.

Os brasileiros que ora dançam no centro do Maracanã foram treinados para dançar diante das câmeras. Porque o impacto visual dos sacolejos, sem lentes, é zero.

O DIA EM QUE O BRASIL IA ANEXAR A GUIANA FRANCESA



Qual foi a idéia mais estapafúrdia que um presidente da República Federativa do Brasil já teve?

A lista daria para preencher um tomo de enciclopédia.

Um exemplo: Jânio Quadros quis anexar a Guiana Francesa.

O que teria acontecido se o plano tivesse sido levado adiante ? ( só não foi porque Jânio renunciou antes....).

O Brasil ia bater de frente com a França ( de que lado você, reservista, lutaria ?)

O governador que recebeu do presidente ordens expressas para preparar a invasão da Guiana Francesa dá os detalhes aqui:

(é só clicar no ícone: http://www.geneton.com.br/archives/000091.html)

TV Tamanco - O fim de uma era

Sempre que o SDT se depara com o nobre esporte sepak takraw, sente vontade de dizer aos setoristas de seleção brasileira: matérias que mostram malabaristas canarinhos pegam mal para os malabaristas canarinhos.

Aqui eles nem estão jogando. Só brincando.

Porque perguntar ofende

Qual o QI de uma pessoa que vai à festa de abertura do Pan?

OBJETO VOADOR NÃO IDENTIFICADO


Uma testemunha jura que viu no céu, ontem à noite, uma entidade cabeçuda e amarelada voando em alta velocidade em direção à zona norte do Rio de Janeiro.

"O vulto riscava o céu numa rapidez incrível", disse a testemunha. "Parecia até um senador fugindo da polícia".

É pule de dez: só pode ser Cauê.


O importante é chorar

O Comitê Olímpico do SOPA DE TAMANCO vai propor em breve a realização de Jogos Dopados.

Só participarão atletas comprovadamente estimulados por estimulantes.

Os resultados serão comparados com os de recordistas caretas.

O objetivo dos Jogos Dopados não é promover a gandaia. Não. O SDT jamais se imiscuirá na vala comum da publicidade de álcool, tabaco e tv por assinatura.

Não.

O objetivo é ver se atletas dopados param de chorar a cada vitória ou derrota. Cientistas não choram a cada vitória ou derrota. Nem executivos. No Congresso, o máximo que vimos foi a dança da pizza, que não chega perto da esfuziante jorrada emocional dos lúdicos profissionais.

Queríamos ver Saramago pulando feito um Bernardinho ao vencer o Nobel. George W. Bush urrando, ajoelhado no Salão Oval, a cada insurgente morto. O ministro Gilberto Gil sendo consolado nos ombros de Flora Gil depois de acachapante corte no orçamento cultural. O senador Renan Calheiros xingando Ellen Gracie e, ato contínuo, sendo expulso do Senado.

CONSELHO PARA QUEM CRUZAR COM O MASCOTE DO PAN



Se você por acaso cruzar na rua com Cauê, o mascote do Pan, fixe bem os seus olhos nos olhos da criatura, encha os pulmões de ar e pronuncie, com voz clara,nítida e decidida:

"Klatu Barada Nikto!!!".

De novo:

"Klatu Barada Nikto!!!".

( É a senha que deve ser pronunciada diante do robô invasor do filme "O Dia em Que a Terra Parou", para evitar que o planeta seja destruído).

Cauê não vai entender nada.

Mas pelo menos tomará um belo susto.


Falas chulas num Congresso idem

De um deputado da base governista:

- Medida Provisória é o caralho.

Por que me ufano daquele país

Da EFE, via "Folha":

'Flórida prende deputado que tentou fazer sexo oral com policial'

Tamancada instantânea: os parlamentares deles são mais divertidos que os nossos.

O cavalo de Porto Príncipe

Do corregedor do Senado, Romeu Tuma:

"Com todo o respeito que tenho ao espiritismo, se trouxermos dez chefes de terreiro, sendo três da Bahia, ainda assim não se faz o descarrego desta Casa hoje, pelo peso da espiritualidade negativa que está tomando conta da Casa."

Aproveitemos, portanto, a presença da delegação do Haiti nos Jogos Peter Pan-americanos. Vamos terceirizar a macumba - de modo bolivariano.

DEVANEIO TROPICAL : ANOTAÇÕES DA MADRUGADA



O controle remoto me levou a um pouso inesperado num canal a cabo : desembarquei de madrugada numa cena de um filme de Glauber Rocha, "A Idade da Terra", o último que ele fez.

Glauber Rocha faz, em off, sobre imagens de Brasília, um discurso grandiloquente: fala de Terceiro Mundo, capitalismo, socialismo, revolução soviética confrontando a riqueza americana, a roda da História, invasões, Europa conquistando o Novo Mundo, catequeses, cristianismo, utopias, barbáries, caudilhos, a América Latina pagando o preço da progresso alheio, o sonho de que aquela paisagem do Planalto Central produzisse iluminações planetárias.

Eu me lembrei de uma entrevista que fiz uma vez com Antônio Callado, o escritor da obra-prima "Quarup": lá pelas tantas, ele dizia que foi para uma entrevista coletiva do recém-eleito presidente Juscelino. Incrédulo, Antônio Callado viu Juscelino apontar, num mapa, para o local onde um dia se construiria Brasília. Como um louco, o presidente prometeu "Daqui, sairão ondas de civilização. Ondas ! Ondas !".

O escritor-repórter disse que soltou um suspiro de descrença naquele delírio. Mas JK fez Brasília.

O discurso de Glauber Rocha acendeu um devaneio tropical na madrugada: quem sabe, o que falta ao Brasil, hoje, é um toque épico, uma fagulha daquele delírio que Glauber Rocha articulava sobre imagens de Brasília.

Como diria o co-tamanqueiro Amin Stepple, o Brasil não pode se contentar em ser ator de um papelão histórico.

Tive a chance de assistir a uma exibição especial de "A Idade da Terra", numa manhã de sábado, num cineminha em Paris, ao lado de Glauber Rocha. O ano: 1981, meses antes da morte do homem. A sessão fora organizada porque Glauber queria mostrar o filme a um punhado de críticos franceses. Terminada a sessão, Glauber se vira para mim e para o também estudante de cinema Marcos Mendes, hoje professor de cinema em Brasília. Junta os dedos indicadores das duas mãos para perguntar: "Como é ? Fizeram as ligações? Fizeram as ligações ? ".

Quer saber se a gente tinha embarcado naquela torrente desvairada de sons e imagens.

O Brasil - muitíssimo provavelmente - precisa de delírios de grandeza. Ambição de originalidade. Explosões glauberianas. Torrentes e vulcões contra a pequenez. "Ondas de civilização".

Termina aqui o devaneio.

Hora de mudar de canal.

COMENTÁRIO FACIAL SOBRE A SITUAÇÃO NO SENADO - II


PERGUNTA FEITA AOS CÉUS


Adriana Calcanhoto continua solta ?

Questões questionáveis (em coro)

"Perguntaram ao caseiro Francenildo o que é vingança das elites?"

Ralf Barquete, Roberto Buratti e Vladimir Poleto

Grandes esportes pan-americanos - Ginástica coletiva

TV Tamanquinho

O NOVO CONCEITO DE MACHICE


Um prefeito que viajou até Brasília para participar de um jantar de "desagravo" ao falecido presidente do Senado, Renan Calheiros, soltou esta pérola, merecidamente entronizada no título de uma notícia do Globo desta sexta-feira : "Alagoano é, sobretudo, macho".

Um tremor de terra foi sentido nos arredores do cemitério de Cachoeiro de Itapemirim: era Jece Valadão dando três voltas no túmulo.

Quer dizer, então, que ser macho é receber dinheiro de empreiteira ? Ser macho é inventar venda de boi para justificar maracutaias ? Ser macho é transformar o Senado numa piada nacional ?

O que é que Maguila tem a dizer sobre essas coisas ?


Grandes frases já avacalhadas - Morte e vida Severino

"Estou vendo daqui o Severino, que também já passou por isso. Eu sei o que é a vingança da elite brasileira. Eu sei o que é muitas vezes o ódio de classes, às vezes demonstrado desnecessariamente. Porque, aos 60 anos, eu sou um homem sem ódio. Ninguém vai me deixar nervoso. Pode ficar certo. Nem meus companheiros reivindicando. Nem meus adversários xingando."

O presidente do nosso querido Brasil disse isso ontem, em Pernambuco, provocando uma cefaléia mediúnica em João Cabral de Melo Neto.

O Setor de Exegese do SOPA DE TAMANCO, preocupado com as destrambelhadas frases presidenciais do nosso querido Brasil, convocou o celebrado lingüista Noam Chomsky para desconstruir mais essa fenomenal bobagem dita pelo iluminado presidente Lula.

Chomsky estava ocupado, dando uma palestra para os funcionários do bandejão da PUC-RJ, e se recusou a falar conosco.

Os estagiários do Setor de Exegese telefonaram então para vários especialistas. Nada conseguiram. Ligaram inclusive para um especialista em especialistas. Lhufas.

Então eles mesmos, os estagiários, produziram uma análise cuja minuta foi enviada à sede da Cruz Vermelha Internacional sem o nosso conhecimento.

Mas fontes do Setor de Exegese vazaram alguns trechos da análise.

'1) O Homem sem Ódio, um Robert Musil do sertão, acredita que levar um mensalinho não é crime e portanto ser ejetado da presîdência da Câmara é mais ou menos como ser assassinado na Noite dos Cristais. Rico tem raiva de pobre ladrão, quando não deveria. Então ladrão não deveria ter raiva nem de rico nem de pobre, assim como pobre não deveria ter raiva de rico ladrão e pobres e ricos não deveriam ter raiva de ladrão, do mesmo modo que ladrões, pobres e ricos não deveriam ter raiva aos 60 anos.

'2) Às vezes, porém, o ódio de classes é necessário. Por exemplo, a classe de alfabetização do pequeno Lula no Grupo Escolar Marcílio Dias era inimiga da classe alfabetizada. As porradas no recreio foram homéricas. A pancadaria deixou marcas indeléveis na psiquê do presidente do nosso querido Brasil. Corre o boato de que Lula, assomado pelo silêncio dos inocentes, freqüentemente acorda no meio da noite tentando morder a unha de seu mindinho desaparecido.

'3) O Homem sem Ódio não é um homem, mas um zumbi. Para humanizar o Homem sem Ódio, recomendamos atazanar a paciência presidencial quatro vezes por dia, de seis em seis horas, em conformidade com a administração de um estabilizador de humor, tipo Lítio. Os Canarinhos de Petrópolis podem ganhar uma bolsa que lhes faça repetir o refrão "Lula lá, cresce a esperança" durante 30 minutos, a cada seis horas, onde quer que o Homem sem Ódio esteja.

'4) Claramente, o presidente do nosso querido Brasil ignora os fundamentos da montagem de orações subordinadas e de orações coordenadas. Ele afirmou que, sendo um Homem sem Ódio, sabe o que é o ódio de classes, o qual por vezes é demonstrado desnecessariamente. Por que ele tem 60 anos?'

TV Tamanco - Recesso das emendas orçamentárias

Grandes frases avacalhadas

"Todas as tendências culturais vão morrer no Oeste."

David e Victoria Beckham

Por que me contradizer é preciso

Ontem assisti a dois minutos de Jornal Nacional, depois de um ano sem ouvir o Sr. e a Sra. Bonner.

Como o jornalismo brasileiro se leva a sério e, contraditoriamente, não é sério.

Zileide Silva entra com aquela voz de quem está anunciando o Apocalipse e fala, fala, fala. Sobre o que tanto fala Zileide? Renan, quem quer que seja. Pra amanhã tudo ser devidamente esquecido.

Falasse de coisas mais importantes, quem sabe o Brasil fosse um país melhor. Deixo aqui a minha sugestão: esqueçam os algozes e concentrem-se nas vítimas.

Mania de jornalista brasileiro se interessar por ladrão, pô!

Lord of my field

Meu plano é simples: ser o senhor do meu castelo. Ficar no meu sofá, lendo Guerra e Paz eternamente. Não quero saber de Renan ou de Iraque ou de Pan. Isso é para os intensamente vulgares. Quero saber é de vida e de amigos. Que se dane o mundo lá fora.

Enquanto puder pagar meu aluguel e comer minhas coxinhas de frango com a mão, não quero saber da primeira página de jornal. Vou correndo é ler a inutilidade do horóscopo e rir bastante todas as vezes em que ele não disser o óbvio: você vai ficar em casa lendo Guerra e Paz.

Dou, pois, tamancadas a esmo em quem ousar limpar os pés no meu capacho.

Coetzee é rei

Fiquei sabendo só agora que Coetzee deu uma aula do que é ser um escritor na Flip, o evento social dos iletrados. Convidado a participar da festa, aceitou, mas com a condição de não ser questionado. Na hora de fazer seu show, apenas leu um trecho de seu livro, em inglês. Os monoglotas não merecem o céu. Levantou-se e, sem nem esperar por aplausos, caiu fora.

A classe média que abarrota a cidade e compra toneladas de livros que não lê ficou puta, é claro. Dane-se.

A quem interessar possa, declaro pois pois: Coetzee ensina e eu aprendo. Aos ególatras de plantão, um sonoro "Sinto muito". A vida é curta demais para ser desperdiçada na vitrine.

(piada interna)

E aqueles que não celebram as sextas-feiras 13 continuam soltos?

Grandes frases avacalhadas

"Já cortaram, Papai, faz mais de uma semana que cortaram o meu pé de Laranja Lima.”

Ruy Castanheira

Da serventia das idéias fixas


Enquanto Rupert Murdoch tenta comprar o WSJ, o SOPA DE TAMANCO, aliado a Daniel Dantas e Nenê Constantino, está tentando comprar a Al Jazeera English.

Para demitir todo mundo, menos ELA. Vamos trocar o nome para TV Ghida. A qual fará o que bem entender, sem prestação de contas.
No flagrante ao lado, o CEO da SOPA DE TAMANCO, Chatô Abravanel, em fotomontagem de São Sebastião Salgado.