4 de setembro de 2007
INVESTINDO NA BOLSA
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O commodity que mais cresce no Brasil no momento? Seguidores de Reinaldo Azevedo.
O commodity que mais cresce no Brasil no momento? Seguidores de Reinaldo Azevedo.
PERAMBULAÇÃO PELO ALÉM
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— Desisto. A gente já tá andando há uma eternidade. Cansei. Quem sabe não ficamos por aqui mesmo?
— No inferno? E as crianças? As crianças não podem ficar aí. Isso tá cheio de comunista, rapaz.
— Qual o quê! A essa altura o Carlos Lacerda já acabou com todos.
— Calma! Olha ali! Aquilo não é uma luz?
— Atrás dela! Corre! O paraíso é praqueles lados!
— Ih! Um portão!
— Fechado! Que é que tá escrito ali?
— “Heaven. Authorized personnel
only.” Sabe o que isso significa?
— Que Deus é um colonizado?
— Não, que viemos parar no Paraíso de Milton!
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/por-aqui-quem-sabe-maldito-bento-xvi-se.html)
— Desisto. A gente já tá andando há uma eternidade. Cansei. Quem sabe não ficamos por aqui mesmo?
— No inferno? E as crianças? As crianças não podem ficar aí. Isso tá cheio de comunista, rapaz.
— Qual o quê! A essa altura o Carlos Lacerda já acabou com todos.
— Calma! Olha ali! Aquilo não é uma luz?
— Atrás dela! Corre! O paraíso é praqueles lados!
— Ih! Um portão!
— Fechado! Que é que tá escrito ali?
— “Heaven. Authorized personnel
only.” Sabe o que isso significa?
— Que Deus é um colonizado?
— Não, que viemos parar no Paraíso de Milton!
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/por-aqui-quem-sabe-maldito-bento-xvi-se.html)
ALEXANDRE, O GRANDE, AO TELEFONE
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— Olha, meu querido, se o Aristóteles tivesse por aqui, eu até pedia uma mãozinha dele pra te ajudar com esse problema, tá? Mas a gente nunca acha aquele filósofo quando precisa dele. E agora me dê licença que eu tô no celular, ligação entre eras históricas custa muito caro e vou pagar a taxa de deslocamento. Afinal, nesse exato momento tô atravessando o Helesponto. Tá pensando o quê, que vida de desbravador é fácil? Tenho toda uma Ásia Menor pra conquistar, bebê. Isso aqui é um nó górdio! Se você pelo menos tivesse ligando da Idade Média ou do Iluminismo...
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/ligao.html)
— Olha, meu querido, se o Aristóteles tivesse por aqui, eu até pedia uma mãozinha dele pra te ajudar com esse problema, tá? Mas a gente nunca acha aquele filósofo quando precisa dele. E agora me dê licença que eu tô no celular, ligação entre eras históricas custa muito caro e vou pagar a taxa de deslocamento. Afinal, nesse exato momento tô atravessando o Helesponto. Tá pensando o quê, que vida de desbravador é fácil? Tenho toda uma Ásia Menor pra conquistar, bebê. Isso aqui é um nó górdio! Se você pelo menos tivesse ligando da Idade Média ou do Iluminismo...
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/ligao.html)
HOMEM PERFEITO
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— Larga, Menezes, deixa de ser pegajoso!
— Ô, Bunjunguinha, chega aqui.
— Pára, Menezes, pára! Será possível que nem uma vez na vida você pode se comportar como um porco? Você tem que ser machista, Menezes! Como é que você nem ao menos se digna a contar piada sobre a suposta inferioridade feminina em mesa de bar? Por que é que você não fala mal da minha família? O meu irmão é um vagabundo que vive te pedindo dinheiro emprestado, Menezes!
— Coitado, mô, ele tá desempregado! A culpa é da política econômica do governo.
— Menezes, ele é funcionário público desde a época do Collor! E não é isso, Menezes, não é apenas isso... É o conjunto. Se você pelo menos coçasse o saco em público...
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
— Larga, Menezes, deixa de ser pegajoso!
— Ô, Bunjunguinha, chega aqui.
— Pára, Menezes, pára! Será possível que nem uma vez na vida você pode se comportar como um porco? Você tem que ser machista, Menezes! Como é que você nem ao menos se digna a contar piada sobre a suposta inferioridade feminina em mesa de bar? Por que é que você não fala mal da minha família? O meu irmão é um vagabundo que vive te pedindo dinheiro emprestado, Menezes!
— Coitado, mô, ele tá desempregado! A culpa é da política econômica do governo.
— Menezes, ele é funcionário público desde a época do Collor! E não é isso, Menezes, não é apenas isso... É o conjunto. Se você pelo menos coçasse o saco em público...
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
ARTE?
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— Pô, cara, o negócio é o seguinte: será que eles não têm um Rafael, um Rembrandt, Frans Hals, Rubens? Qualquer flamengo serve ou, quem sabe, mesmo um Pavel Fedotovzinho...
— Tu és um visigodo, rapaz. Deixa de ser obtuso. Isso daqui é arte pós-moderna, mermão. Esses teus pintores tão ultrapassados, não falam da sensibilidade contempo... puta que o pariu, Benevides! Tu jogou a guimba do cigarro dentro da mão de Krishna, rapaz!
— Mãe de quem?
— Mão! Mão de Krishna, o deus hindu!
— Mas isso daqui não é um cinzeiro?
— Cinzeiro é o cacete, Benevides! Não tá vendo que isso daí é arte, bicho? Tu não saca Duchamp, rapaz? Arte é o que a gente chama de arte, pô!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/arte-ps-moderna.html)
— Pô, cara, o negócio é o seguinte: será que eles não têm um Rafael, um Rembrandt, Frans Hals, Rubens? Qualquer flamengo serve ou, quem sabe, mesmo um Pavel Fedotovzinho...
— Tu és um visigodo, rapaz. Deixa de ser obtuso. Isso daqui é arte pós-moderna, mermão. Esses teus pintores tão ultrapassados, não falam da sensibilidade contempo... puta que o pariu, Benevides! Tu jogou a guimba do cigarro dentro da mão de Krishna, rapaz!
— Mãe de quem?
— Mão! Mão de Krishna, o deus hindu!
— Mas isso daqui não é um cinzeiro?
— Cinzeiro é o cacete, Benevides! Não tá vendo que isso daí é arte, bicho? Tu não saca Duchamp, rapaz? Arte é o que a gente chama de arte, pô!
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SDT SAÚDE: PENSE COM MODERAÇÃO
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Tomado pela euforia que só as pessoas que apreciam a inteligência e o livre-pensamento possuem, tirei os arreios, as ferraduras, e fui dormir.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/meu-amigo-z-ou-porque-crer-melhor-do.html)
Tomado pela euforia que só as pessoas que apreciam a inteligência e o livre-pensamento possuem, tirei os arreios, as ferraduras, e fui dormir.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/meu-amigo-z-ou-porque-crer-melhor-do.html)
CADA PAÍS TEM O CONTO DE FADAS QUE MERECE
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Até FHC virar presidente, o Brasil era um país sem fé nem lei, nem rei. Após FHC, a gente pode dizer que o Brasil é um país sem fé nem lei. Mas pelo menos tem um príncipe.
Até FHC virar presidente, o Brasil era um país sem fé nem lei, nem rei. Após FHC, a gente pode dizer que o Brasil é um país sem fé nem lei. Mas pelo menos tem um príncipe.
Mais valor agregado
Da internet:
O Brasil terá na safra de grãos 2006/2007 a maior colheita já realizada, segundo a 12ª e última estimativa da produção nacional divulgada hoje pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Segundo a previsão, a colheita terá 131,4 milhões de toneladas.
A maconha cultivada e colhida no Nordeste, sobretudo em estados como Pernambuco e Maranhão, ainda não foi mensurada. Mas, qualquer estudante de agronomia sabe, quando a safra de soja é muito boa, a de maconha é melhor ainda. O único problema é a concorrência com a erva paraguaia. Mas a Organização Mundial do Comércio já marcou uma reunião para julgar o caso. O Brasil tem chance de ganhar mais esta na OMC: a maconha brasileira, segundo os especialistas, tem alto grau de agrotóxico, e maconha com agrotóxico é mais valor agregado.
MENEZES, O COMPREENSIVO
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— E ainda mais isso, Menezes: você me chama de “filha”. “Filha” não dá. Você tinha que ter me insultado, uma vez ou outra...
— Feia! Chata! Boba! Viu, viu?
— De vaca, Menezes. Tinha que ter me chamado de vaca. Sabe quando eu tô de TPM e atiro vasos na sua cabeça?
— São os hormônios, amor.
— Não fala isso, Menezes! Deixa de ser compreensivo!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
— E ainda mais isso, Menezes: você me chama de “filha”. “Filha” não dá. Você tinha que ter me insultado, uma vez ou outra...
— Feia! Chata! Boba! Viu, viu?
— De vaca, Menezes. Tinha que ter me chamado de vaca. Sabe quando eu tô de TPM e atiro vasos na sua cabeça?
— São os hormônios, amor.
— Não fala isso, Menezes! Deixa de ser compreensivo!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
COMO QUERER AMINSTEPPLAR O QUE HÁ DE RUIM
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— A corrupção acontece no Brasil porque as leis são muito brandas.
— Também acho. Sou a favor da pena de morte pra corrupto. À moda chinesa.
— Pena de morte é pouco. Um sujeito que desviasse verba pública deveria ser obrigado a assistir a toda a filmografia do Daniel Filho.
— A corrupção acontece no Brasil porque as leis são muito brandas.
— Também acho. Sou a favor da pena de morte pra corrupto. À moda chinesa.
— Pena de morte é pouco. Um sujeito que desviasse verba pública deveria ser obrigado a assistir a toda a filmografia do Daniel Filho.
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Já disse e volto a insistir: toda mulher de presidente da República, aqui ou em qualquer outra parte do mundo, devia ter pernas grossas. É inabalável convicção minha, fruto de anos e anos de demoradas e, por vezes, insones reflexões.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Já disse e volto a insistir: toda mulher de presidente da República, aqui ou em qualquer outra parte do mundo, devia ter pernas grossas. É inabalável convicção minha, fruto de anos e anos de demoradas e, por vezes, insones reflexões.
Joel Silveira, datilografado por GMN
GÂNGSTER POR GÂNGSTER....
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Passo os olhos nas prateleiras de um sebo. Descubro um livro intitulado "Por que sou um "Gângster" da Imprensa". Autor: Fredy Daltro. Ano: 1959.
Títulos de capítulos: "Luzes,pernas,palco e pouca vergonha". "Avalancha de adultérios invade o cenário artístico". E assim por diante.
A quarta capa traz os dizeres: "Dinheiro. A carne humana. A morte. As três forças do mundo".
Eis uma atitude que deveria ser seguida, por exemplo, por senadores bovinos. Por que não imitam o jornalista gângster ? Por que, num rasgo de autocrítica, não publicam logo um livro chamado "Por que Sou um Gangster do Senado" ?
Um dia, daqui a anos, um visitante acidental de um sebo manuseará o livro, soltará um discreto riso de escárnio e pensará com seus botões: "Ah, como é bela a autocrítica...."
Passo os olhos nas prateleiras de um sebo. Descubro um livro intitulado "Por que sou um "Gângster" da Imprensa". Autor: Fredy Daltro. Ano: 1959.
Títulos de capítulos: "Luzes,pernas,palco e pouca vergonha". "Avalancha de adultérios invade o cenário artístico". E assim por diante.
A quarta capa traz os dizeres: "Dinheiro. A carne humana. A morte. As três forças do mundo".
Eis uma atitude que deveria ser seguida, por exemplo, por senadores bovinos. Por que não imitam o jornalista gângster ? Por que, num rasgo de autocrítica, não publicam logo um livro chamado "Por que Sou um Gangster do Senado" ?
Um dia, daqui a anos, um visitante acidental de um sebo manuseará o livro, soltará um discreto riso de escárnio e pensará com seus botões: "Ah, como é bela a autocrítica...."
"NÃO DÊ COMIDA AOS JORNALISTAS"
Do blogueiro Ruy Goiaba:
"Trabalhando em redação, nunca entendi como as crianças-de-escola que vêm visitar os jornais não são, por força de lei, acompanhadas por um monitor de zoológico que avise coisas como "cuidado, aquele ali morde!". Mas aguardo para breve as plaquinhas "não dê comida aos jornalistas".
(aqui: http://puragoiaba.apostos.com/)
"Trabalhando em redação, nunca entendi como as crianças-de-escola que vêm visitar os jornais não são, por força de lei, acompanhadas por um monitor de zoológico que avise coisas como "cuidado, aquele ali morde!". Mas aguardo para breve as plaquinhas "não dê comida aos jornalistas".
(aqui: http://puragoiaba.apostos.com/)
DO MEU BRILHANTE DESEMPENHO SEXUAL
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Modéstia à parte, as mulheres costumam dizer que eu sou um ninja na cama. Fico imóvel, quase sem batimentos cardíacos, e pareço morto.
Modéstia à parte, as mulheres costumam dizer que eu sou um ninja na cama. Fico imóvel, quase sem batimentos cardíacos, e pareço morto.
PHYSIQUE DU RÔLE
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— Não adianta, Menezes. Você não tem o physique du rôle.
— Epa! Aí não, hein, não insulta. Rôle eu tenho e das grandes, você sabe muito bem disso.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
— Não adianta, Menezes. Você não tem o physique du rôle.
— Epa! Aí não, hein, não insulta. Rôle eu tenho e das grandes, você sabe muito bem disso.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
INSTALAÇÃO
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— A escultura é essa aqui, olha aí.
— Qual? Aquela ali ao lado da geladeira quebrada com um pingüim em cima?
— Não! É a própria geladeira quebrada com o pingüim em cima!
— Ah...
— Não é incrível como o artista consegue passar a sensação de impotência diante de uma realidade que nos... Ei, ei! Que é que tu ta fazendo? Não toca aí, rapaz!
— Ué, não POÇO pegar um bombom?
— Pô, Benevides, isso daí é uma instalação! Tu comeu um pedaço da instalação, rapá!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/arte-ps-moderna.html)
— A escultura é essa aqui, olha aí.
— Qual? Aquela ali ao lado da geladeira quebrada com um pingüim em cima?
— Não! É a própria geladeira quebrada com o pingüim em cima!
— Ah...
— Não é incrível como o artista consegue passar a sensação de impotência diante de uma realidade que nos... Ei, ei! Que é que tu ta fazendo? Não toca aí, rapaz!
— Ué, não POÇO pegar um bombom?
— Pô, Benevides, isso daí é uma instalação! Tu comeu um pedaço da instalação, rapá!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/arte-ps-moderna.html)
POR SÃO GUTENBERG
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Acendi uma vela para Stálin e outra para McCarthy — cada um a seu modo, santos defensores da mídia independente e da crítica desapaixonada. E rezei pelos editores do Vermelho e da Veja.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/meu-amigo-z-ou-porque-crer-melhor-do.html)
Acendi uma vela para Stálin e outra para McCarthy — cada um a seu modo, santos defensores da mídia independente e da crítica desapaixonada. E rezei pelos editores do Vermelho e da Veja.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/meu-amigo-z-ou-porque-crer-melhor-do.html)
Concorrência desleal
Da Internet:
O magnata mexicano Carlos Slim, o empresário mais rico do mundo segundo a revista "Fortune", lançou seu portal oficial na internet para mostrar a sua trajetória empresarial. O portal www.carlosslim.com atende a pedidos de informação que são solicitados constantemente pela imprensa e preenche um grande vazio informativo".
Querido diário: com mais um concorrente na praça, penso que está chegando a hora de passar na cinemateca para assistir aos velhos filmes de Cantinflas. Evitar as versões de "Que Viva México", de Eiseinstein, insuportáveis, meio folclóricas. Já os filmes de Buñuel rodados no México, desprezados durante anos pela crítica como comerciais, são muito bons. Um detalhe: embora não fosse o homem mais rico do mundo, o aristocrata popular Buñuel não deixava ninguém pagar a conta. Elogiava a velhice porque suprimia a tirania do sexo. Isso antes do Viagra (e do disco "Cê"), que, pelo volume de venda, ressuscitou os embates de alcova da tirania. E criou a melhor imagem de alguém que qualificava a morte como uma chatice, a de não poder, todas as manhãs, ladear o muro do cemitério, ir à banca de revista comprar os jornais do dia e charutos. Quanto ao novo cinema mexicano, tem sido sistematicamente despersonalizado pela indústria vizinha, mas os roteiros são bem estruturados, às vezes pretensiosos, como senhas calculistas para Hollywood. Com mais um concorrente na praça, penso que está chegando a hora de comprar o ingresso de estudante e voltar à sala escura. Mas, querido diário, o interessante é que na biodiversidade da selva ninguém sentirá a sua falta.
Grandes inventos brasileiros - Caixa-preta surda
'04/09/2007 - 08h13
Caixas-pretas de trens que colidiram não gravaram diálogos
A Supervia informou ontem que tem por praxe só abrir o áudio das cabines dos trens quando há solicitação dos maquinistas ou dos controladores, o que normalmente ocorre quando o sistema detecta alguma falha. O Sindicato de Ferroviários da Central do Brasil diz que a companhia infringe as normas internacionais, que recomendam o áudio sempre aberto.'
Caixas-pretas de trens que colidiram não gravaram diálogos
A Supervia informou ontem que tem por praxe só abrir o áudio das cabines dos trens quando há solicitação dos maquinistas ou dos controladores, o que normalmente ocorre quando o sistema detecta alguma falha. O Sindicato de Ferroviários da Central do Brasil diz que a companhia infringe as normas internacionais, que recomendam o áudio sempre aberto.'
Calma, bonecas
As reações dos militares, milicos em geral, ao ministro vivandeiro da Defesa, Nelson Jobim, poderiam ser encerradas com uma única frase, apropriada ao vozerio do ministro, aquela pronunciada pelo senador Tasso Jereissati, num momento nebuloso entre o crespúsculo do macho e o afloramento primaveril arco-íris: "calma, boneca". Os gays reagiram à frase do senador, porque nela viram uma forma discriminatória, mas eles próprios (e a sociedade civil) poderiam torná-la agora suprapartidária, e usá-la, com alacridade, antropofagicamente, para refrear neuras, chiliques, pitis, nóias, barracos, patologias cívicas, pirações militarizadas, histerias, achaques, idiotia web, fricotes intelectuais, destilação de bílis, frescuras em excesso e, óbvio, os arraigados preconceitos, originários de qualquer segmento.
Um exemplo histórico: o chinês que parou o tanque na Praça da Paz em Pequim, hoje se sabe, disse apenas: "calma, boneca". Quando o presidente Lula falar que "nunca antes neste país", o historiador uspiano diz: "calma,boneca". E quando o banco da família Salles lhe cobrar juros surfistinhas, o correntista tem todo o direito de responder: "calma, boneca". Quando os cansados do Cansei pedirem mais um minuto de silêncio, outros cansados poderão gritar: "calma, bonecas".
Para quem procura uma causa...
Com a morte de Mário Carneiro, a maior reverência que poderia se fazer ao excelente diretor de fotografia de dezenas de filmes brasileiros seria pressionar a Justiça para que o filme "DI", de Glauber Rocha, com fotografia de Carneiro, fosse liberado. Se esbravejou muito, e com razão, com a proibição e censura do livro biográfico sobre Roberto Carlos, mas "DI" está interditado pela Justiça há décadas, a pedido de familiares do pintor Di Cavalcanti. Uma medida judicial que ainda é resquício da ditadura. O curta, quando passa por aí, é sempre de forma clandestina, cópias sem qualidade. Os cineastas brasileiros poderiam dar um tempo na profícua cruzada das leis de incentivos e confrontar a Justiça.
Nas retrospectivas programadas para a obra de Mário Carneiro, deve-se escalar o único longa que ele dirigiu: "Gordos e Magros". Quem entender alguma coisa será premiado com dois ingressos para assistir ao último filme de Daniel Filho.
Uma idéia para o próximo Congresso
No Congresso do PT, os radicais (sim, ainda existem) aprovaram uma moção pedindo ao governo Lula que democratizasse as forças armadas. É a mesma coisa que solicitar encarecidamente ao Papa que aprove o aborto. Mas, se é para radicalizar, seria mais coerente propor a dissolução das forças armadas. A Costa Rica, todo mundo sabe, é um país democrático há décadas e civilizado. Não tem exército, apenas uns araques de polícia e guardas florestais. E, se na hipótese de uma invasão americana, o que o Brasil faria sem exército? Contrata mercenários para defender a pátria mãe gentil. Os israelenses, por exemplo, são os melhores do ramo.
PERFEIÇÃO
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— Essa é boa! Você quer acabar comigo porque eu sou muito perfeito?
— Menezes, você não faz xixi fora da privada. Você até abaixa a tampa do vaso!
— Ué? E as mulheres não vivem reclamando exatamente disso, que os homens sujam o chão e não levantam a tampa da privada?
— Vivem, Menezes, mas eu não! Eu não, entende? Quando me reúno com a Marcinha e a Pê, elas ficam lá, desancando os maridos, e eu não tenho o que dizer, Menezes, não tenho nada pra falar de você. É muita humilhação! Você nem barriga de chope tem!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
— Essa é boa! Você quer acabar comigo porque eu sou muito perfeito?
— Menezes, você não faz xixi fora da privada. Você até abaixa a tampa do vaso!
— Ué? E as mulheres não vivem reclamando exatamente disso, que os homens sujam o chão e não levantam a tampa da privada?
— Vivem, Menezes, mas eu não! Eu não, entende? Quando me reúno com a Marcinha e a Pê, elas ficam lá, desancando os maridos, e eu não tenho o que dizer, Menezes, não tenho nada pra falar de você. É muita humilhação! Você nem barriga de chope tem!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/difcil-arte-de-agradar-as-mulheres.html)
NA EXPOSIÇÃO DE ARTE
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— Bela escultura, não?
— Belíssima. As bolsas agrupadas de forma desordenada, como uma metáfora da solidão e do hedonismo contemporâneos. Uma crítica à sociedade de massas, sem dúvida, com a cor forte da madeira representando o Estado em sua...
— Bolsas? Madeira? Mas, pra onde é que tu tá olhando, afinal?
— Pra escultura, ora essa! Ó lá: a luz artificial de uma sociedade fria e mecanizada incide sobre as individualidades destroçadas pela modernidade tardia, os casacos sem corpos significando a ausência do espírito ante a dura materialidade da...
— Pô, mas tu tá olhando pro cabide!
— Ahn?
— Aquilo ali é um simples cabide, pra colocar as roupas, rapaz!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/arte-ps-moderna.html)
— Bela escultura, não?
— Belíssima. As bolsas agrupadas de forma desordenada, como uma metáfora da solidão e do hedonismo contemporâneos. Uma crítica à sociedade de massas, sem dúvida, com a cor forte da madeira representando o Estado em sua...
— Bolsas? Madeira? Mas, pra onde é que tu tá olhando, afinal?
— Pra escultura, ora essa! Ó lá: a luz artificial de uma sociedade fria e mecanizada incide sobre as individualidades destroçadas pela modernidade tardia, os casacos sem corpos significando a ausência do espírito ante a dura materialidade da...
— Pô, mas tu tá olhando pro cabide!
— Ahn?
— Aquilo ali é um simples cabide, pra colocar as roupas, rapaz!
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IMPARCIALIDADE E SAPIÊNCIA
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Para mim, as características básicas de nossa imprensa são a imparcialidade e a sapiência. Opiniões tão apartidárias quanto as de nossos redatores de notícias talvez só se encontrem entre os sunitas do Iraque ou os xiitas da Gaviões da Fiel. Muitas vezes, diante das críticas dos jornais às inumeráveis baldices ditas por Lula, chego à conclusão de que o presidente é poliglota e, ao término do mandato, poderá arrumar facilmente trabalho como exegeta de Kant ou gramático especializado na extinta língua púnica.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/meu-amigo-z-ou-porque-crer-melhor-do.html)
Para mim, as características básicas de nossa imprensa são a imparcialidade e a sapiência. Opiniões tão apartidárias quanto as de nossos redatores de notícias talvez só se encontrem entre os sunitas do Iraque ou os xiitas da Gaviões da Fiel. Muitas vezes, diante das críticas dos jornais às inumeráveis baldices ditas por Lula, chego à conclusão de que o presidente é poliglota e, ao término do mandato, poderá arrumar facilmente trabalho como exegeta de Kant ou gramático especializado na extinta língua púnica.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/meu-amigo-z-ou-porque-crer-melhor-do.html)
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