11 de junho de 2007

Faltava a parte principal na discussão sobre o aborto. Faltava


New Abortion Bill To Require Fetal Consent

Arma de desemprego em massa

Desde abril não recebo mais o RSS dos comunicados em inglês de uma parte da Al-Qaeda no Iraque.

Temo pela vida do webmaster. Ou do tradutor. O original continua sacudindo a pança.

(Como se vê, aliás, o pessoal é nosso colega de Blogger. Todos os usuários do blog do Google têm algo em comum com o Estado Islâmico do Iraque: se exibem no mesmo banco americano de monólogos.)

Não sou partidário da Al-Qaeda, mas sim a favor dos relações-públicas do terror.

NELSON NED E OS ALOPRADOS

Figueiredo, então presidente, deu de presente ao cantor Nelson Ned um revólver 38. Algum aspone palaciano, inspirado no bom-gosto de Figueiredo, poderia sugerir (calma, é apenas uma sugestão) ao presidente Lula que desse de presente aos novos e velhos aloprados uma coleção de canivetes suíços. Não são adequados para a prática de haraquiri, mas podem quebrar um galho. No Japão, é assim: a vergonha do homem público é curtida na navalha.



Em tempo: alguém pode informar por que Figueiredo presenteou Nelson Ned com uma arma? E por onde anda Nelson Ned, será que ele já conseguiu falar dos seus problemas com Deus?

OS POLITICAMENTE CORRETOS E NOSSA GRANDE COMÉDIA DE ERROS

Desde que a praga politicamente correta tomou de assalto as mentes simplistas, pega mal dizer que o feio é feio, a gorda é gorda, o negão é negão, o gay é gay, o branquelo é branquelo, o burro é burro, o bêbado é bêbado, o idiota é idiota.

Qual é o problema?

"Pega mal" dizer que um cego não pode ser fotógrafo. Mas peço licença à patrulha para dizer: não pode! Vi outro dia um fotógrafo cego pontificando na TV sobre enquadramento. Falava francês, claro ( não há língua que se preste tanto a imposturas intelectuais).

Cego falando de fotografia é algo tão grave e despropositado quanto este locutor participando de desfile de moda.

Fiz aos meus botões a pergunta que todos fazem na surdina : por que é que o fotógrafo ceguinho não arranja outra profissão? Por que não aprende música?
Por quê? Por que precisa aparecer na televisão falando de enquadramento fotográfico? Por quê? Por quê?

Os meus botões se quedaram silentes.

Diante da mudez de meus botões, desisto de lançar perguntas ao vento sobre o fotógrafo ceguinho e a miríade de personagens absurdos que compõem,com ele, o elenco desta nossa grande comédia de erros.

Quem sabe, o melhor é deixar que o circo planetário siga adiante, sem ser importunado.

Como diria Drummond no mais belo poema já escrito em território brasileiro, "A Máquina do Mundo":

....."e a máquina do mundo, repelida,/se foi miudamente recompondo/ enquanto eu, avaliando o que perdera,/ seguia vagaroso/ de mãos pensas"


Fim poróximo, né?

Tapete de canário

As revistas do grupo Hearst - diz o NYT de hoje, seção Media & Advertising - vão ter uma súplica verde nas respectivas capas: "Por favor, recicle esta revista".

A matéria parte da decisão da "Rolling Stone" de mudar de fornecedor de papel de imprensa. A RL arrumou uma "papelera" - apud Uruguai X Argentina - cujos processos não atacam as lides etéreas.

Hmmm.

Parece que jornalismo pode mesmo fazer mal à saúde.

A CHAVE DE TUDO

....É tecnicamente impossível sair de uma navegação pelos mares internéticos sem ter aprendido nada.

Uma iluminação inesperada pode surgir logo ali, na esquina.

Ao trafegar pelo blog de Nelson Vasconcelos, no Globo On Line, recebo a informação de que um leitor fez a grande descoberta:

O Brasil pode ser o inferno de outro planeta.

http://http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/nelson/

Por que ninguém chegou, antes, a esta conclusão tão óbvia?

Imagino que o esquema deva funcionar assim : quem resolver chorar para comover a platéia, depois de ter sido flagrado com a mão no dinheiro público; quem gostar de novela em que atores fazem papel de débeis mentais para parecerem engraçados ; quem escrever, cantar,ouvir e propagar pagode; quem andar pela rua de bandana; quem trabalhar em agência de telemarketing; quem usar celular com música engraçadinha; quem começar frase com "veja bem"; quem posar para a revista Caras com cara de satisfação diante de uma cesta de frutas num falso café da manhã; quem, enfim, em algum lugar do universo, cometer pecados parecidos com estes é despachado para o Brasil quando morre.

Agora,ficou tudo claro.

A MÚLTIPLA ESCOLHA DO ERRO



Irmão (aloprado ou não) não se escolhe. Já amigos e compadres (aloprados) são uma escolha pessoal e intransferível. O presidente Lula é um caso de estudo: ao não escolher, erra; e erra também quando escolhe.

FELIPÃO, A GUERRA E A TERCEIRA PESSOA

Pelé, não o enrolado Edson, mas aquele a quem Edson só se refere a ele na terceira pessoa, o Pelé, quando jogava no Santos, conseguiu um milagre: paralisou uma guerra durante vários dias. Foi na África. No Congo, onde o sargento Kabila(pai. já morto) aprontava como um jovem "senhor da guerra", inclusive levando na conversa e traindo Guevara. Os soldados dos dois lados queriam ver Pelé jogar.


Li, estarrecido, que o "sargentão" Felipão vai fazer uma palestra em Jerusalém para palestinos e israelenses. Ele confessou que não sabe quase nada sobre o conflito, que já dura 60 anos e caminha para a casa dos 100, onde já chegaram Niemeyer, Dercy Gonçalves, Dona Canô e Ivete Sangalo. Mas Felipão disse que vai falar de paz e amor. O que vai acontecer? Irritados com o papo de auto-ajuda da "família Scolari", a guerra vai recrudescer: os palestinos aumentarão o lançamento de mísseis artesanais contra vilarejos de Israel e a heróica aviação israelense assassinará ainda mais crianças, mulheres e idosos.


Perdoemos, Scolari. Ninguém foge ao ridículo. Afinal, é fato histórico, as bombas do Congo só se calaram diante da transcendentalidade da terceira pessoa.