12 de agosto de 2007

Presentes de última hora


Libere o assassino cristão que existe dentro de sua alma.


Com Left Behind: Eternal Forces. O objetivo do jogo é matar quem não tem fé no alegado Jesus.


Aprovado e distribuído pelo Pentágono, para fins recreativos, aos militares comedores de cheesburger.

Presentes de última hora


Bloqueador de celular. Para a Secretaria de Administração Penitenciária que existe em você.

A US$ 55,45, aqui. Remessa internacional de grátis, dizem eles.

DE USOS E COSTUMES

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Algumas criaturas são sociáveis ao extremo, como o Duque de Osnabrück, cuja biografia registra ter feito sexo com um conviva masculino apenas para ser delicado com o hóspede. Como este se tornasse comensal habitual, o Duque acabou se casando com ele, episódio que deu origem ao célebre mote popular: “A gente quer ser gentil e acaba se f...”
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/08/bem-sucedida-visita-um-casal-de-amigos.html)

NUM MERCADO EM JERUSALÉM

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- E sal, vai levar também?
- Sim.
- A mesma quantidade de sempre?
- É. Duas mulheres de Lot.

PERGUNTA FEITA À TERRA

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Fernando Henrique não é aquele sobre quem já se disse que "não rouba, mas deixa roubar"?

PIAUÍ - 2.OU: FERNANDO HENRIQUE : "A PARADA DE SETE DE SETEMBRO É UMA PALHAÇADA" ;"COLLOR EMBOLSOU E PRONTO"; "O INÍCIO DE SERRA NÃO FOI BRILHANTE"

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Quanto à revista Piauí, outro pequeno reparo : há uma discrição, uma elegância, uma timidez exagerada na apresentação das matérias. É óbvio que ninguém espera que a Piauí berre nas bancas como um tablóide sensacionalista inglês. Mas uma boa chamada com declarações feitas por Fernando Henrique Cardoso na no perfil assinado por João Moreira Sales certamente chamaria a atenção de leitores distraídos, aqueles que precisam ser conquistados quando passam os olhos nas capas dependuradas nas bancas:

"A PARADA DE SETE DE SETEMBRO É UMA PALHAÇADA"

"Em que momento nos sentimos uma nação ? Talvez só no futebol. O carnaval é uma celebração. A parada de sete de setembro é uma palhaçada. Quem se sente irmanado no Brasil ? O Exército -e talvez só ele. Os americanos têm os seus founding fathers. Pode ser uma bobagem,mas organiza a sociedade. A França tem os ideais da Revolução. O Brasil não tem nada"

"COLLOR SEQUER PAGOU IMPOSTOS SOBRE AS SOBRAS DE CAMPANHA: EMBOLSOU E PRONTO"

"Li que Collor sequer pagou os impostos sobre as sobras de campanha. Embolsou e pronto. Como pode ? O pessoal do meu partido diz que o que ele fez é menos grave que os escândalos do PT. Isso lá é desculpa ? O problema do Brasil não é nem o esfacelamento do Estado. É algo anterior : é a falta de cultura cívica. De respeito à lei. Sem isso, como fazer uma nação ?".

"INÍCIO DE SERRA NÃO FOI BRILHANTE"

"Serra seria um bom presidente. Quebra lanças. Aécio é mais conservador, acomoda mais. Isso dito, politicamente Aécio é fortíssimo. Pode ser menos preparado que Serra, mas é popularíssimo. Não precisa provar mais nada.Serra precisa. O governo dele em São Paulo é que decidirá- e o início não foi brilhante"

"ERA MELHOR LULA DIZER :FULANO ME AJUDOU A COMPRAR O APARTAMENTO"

"Não acredito que Lula tenha práticas de enriquecimento pessoal. O que há é que ele é um pouco leniente (...) Era melhor ele dizer : fulano me ajudou a comprar o apartamento; o partido me deu tal dinheiro. Lula não pensa em dinheiro. Ele gosta de poder. Gosta de vida boa".


PAUSA NAS TAMANCADAS. VIDA LONGA ÀS REVISTAS PIAUÍ E ROLLING STONE !

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A raça dos jornalistas adora dar diagnósticos "catastrofistas". Já se escreveu mil e uma vezes que a grande reportagem morreu.

É verdade que Dona Reportagem anda problemas de saúde. Os jornais já não dão a ela o espaço merecido. Já não investem como antes em repórteres que poderiam - e deveriam - passar semanas a fio apurando uma grande história. Em nome da tal da objetividade, houve, sim, um empobrecimento assustador do texto jornalístico. Mas as notícias sobre a morte da reportagem são exageradas.

Dois exemplos:

1. A edição brasileira da revista Rolling Stone tem publicado reportagens de "fôlego", nada parecidas com os despachos telegráficos estampados nos nossos jornais. A Rolling Stone brasileira não é boa. É ótima. Caminha, célere, para se transformar em leitura habitual de quem quiser saber o que vai pelo ar, além de aviões com reverso travado. A nova edição traz - entre tantas outras coisas - uma reportagem especial sobre o Líbano ; perfis da super-jogadora de futebol Martha e de Céu, bela novidade da música brasileira ; uma extensa matéria sobre as andanças de Caetano Veloso às voltas com platéias jovens; o tráfico de fósseis do sertão nordestino para o exterior etc.etc. O cardápio, como se vê, é extremamente variado. Bola na rede.

2.A revista Piauí vai se firmando, também, como refúgio da chamada "grande reportagem". Ou seja: aqueles textos que vão fundo, esmiuçam os personagens, dissecam um assunto. A nova edição, a de número onze, é leitura para horas e horas. Lá estão um belo relato sobre as peregrinações de Fernando Henrique Cardoso por universidades do exterior ; retratos de personagens interessantes como o "guru" Mangabeira Unger, o dramaturgo Roberto Athayde, o "agitador" Bruno Maranhão, militante do MLST. Leitor, faço um pequeno reparo : não há qualquer motivo para que os textos que abrem a revista, na seção Esquina, não sejam assinados. Quem lê quer saber o nome de quem escreve. Como se diz lá no Piauí, "what is the point? ". Por que omitir os autores ? Os textos da seção Talk of The Town da revista New Yorker, uma das inspirações da Piauí, são assinados. "Detalhes tão pequenos" não comprometem, no entanto,o acerto geral. Bola na rede.

Carpideiras, recolham os lenços, por enquanto. Os sinais vitais de Dona Reportagem estão parcialmente preservados. É o que nos mostram a Piauí e a Rolling Stone.

Quando eu crescer, quero trabalhar numa revista dessas.

TV Tamanco - Feliz Dia dos Pais

PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 2

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Além de pretensiosa, "Eu" é uma das palavras mais feias e mais ocas do nosso vocabulário.

Joel Silveira, datilografado por GMN

PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA

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Do compadre, tirando lentamente os olhos do jornal ( que é que ele teria lido ?):

-Brasileiro tem mania de inventar coisas, mas, em compensação, desinventa com a mesma facilidade....


Joel Silveira, datilografado por GMN