25 de outubro de 2007

Uma proposta modesta

O senhor da guerra Sérgio Cabral Filho - née 'American chopper' - deu uma idéia pela metade ao sugerir que o aborto venha a incidir sobre as estatísticas de criminalidade.

Deveria, sim, ter ido além: de um lado, a legalização do aborto; de outro, o aborto compulsório.

O aborto compulsório se aplicaria aos chamados homens públicos. A começar por conselheiros de tribunais de contas.

ADÁGIOS QUE NÃO CAIRÃO NA BOCA DO POVO

A mais cruel forma de tortura já registrada no Ocidente foi a que os cineastas brasileiros usaram para acabar com Nélson Rodrigues.

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Sempre que assisto a uma peça teatral contemporânea, volto para casa ainda mais entusiasmado com Ésquilo, Sófocles e Eurípides.

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Até bem pouco tempo atrás, compositores brasileiros só imitavam música ruim de branco americano. Graças a Deus, nos últimos anos isso mudou um pouco. Agora já há muita gente imitando música ruim de negro americano também.

(Mais, aqui)

NOSSOS "INTELEQUITUAIS" IGNORAM TUDO

Antonio Fernando Borges:

"Formados segundo o credo re-vo-lu-cio-ná-rio, nossa imprensa e nossos intelequituais ignoram as regras e engrenagens do sistema capitalista – quer dizer, do mundo real, não dos tais “outros mundos possíveis”.

Em terra de capitalismo tão precário e mal praticado, o mercado editorial não poderia ficar de fora – e um dos sintomas recentes deste drama é a questão do preço fixo do livro: não têm faltado editores e livreiros acusando a “injustiça criminosa” de grandes editoras e redes de livrarias que conseguem vender com desconto seus produtos (no caso, livros)

Seria o equivalente a achar absurdo que um supermercado consiga vender seus produtos (no caso, ovos, arroz e feijão) mais baratos do que a quitanda da esquina. Segundo esta ótica (deformada), justiça seria sinônimo de tabelamento. E tabelamento, caro leitor, todos nós sabemos ao que leva: escassez de oferta, mercado negro, etc"

(aqui, o texto completo:

http://antoniofernandoborges.com)

PESQUISA INSTANTÂNEA NO UNIVERSO DOS BLOGS

Dou uma navegada por portais que hospedam blogs. Depois de tropeçar pela tricentésima vez com expressões como "caraca" e "irado" ou relatos sobre festinha de aniversário, constato que noventa e cinco por cento dos blogs são baboseiras da primeira maiúscula do primeiro parágrafo ao ponto final. Três por cento são leseiras. Dois por cento são legíveis.

Faço nova inspeção. "C´est dommage": o Sopa de Tamanco não se enquadra na última categoria.

PRIMEIRA CONSTATAÇÃO FILOSÓFICA DO DIA

Relincho, logo, existo.

Mas não custava nada alguém providenciar um farelo de melhor qualidade para as refeições no self-service.

O BRASIL PODERIA LANÇAR UMA GRANDE NOVIDADE JURÍDICA: A PENA PREVENTIVA. QUE TAL FAZER O TESTE COM OS PUBLICITÁRIOS ?

Uma medida extremamente simples poderia ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal:
assim que saísse da escola, todo publicitário cumpriria uma pena preventiva de dez anos numa ilha remota do rio São Francisco.

Assim, ele já pagaria, por antecipação, por todos os trocadilhos e anúncios engraçadinhos que viesse a cometer ao longo da carreira.

Todos ficariam felizes.

Nossos olhos e ouvidos ganhariam dez anos de trégua.

O Brasil surpreenderia o mundo ao lançar um novo conceito jurídico: o de pena preventiva.

E os publicitários pensariam duas vezes antes de infestarem as TVs, rádios, outdoors e adjacências com coisas insuportáveis como aqueles anúncios do Bar da Boa, Zeca-Feira, o coronel da Net e outras inumeráveis pérolas.

É tudo tão simples. Um grande problema estaria resolvido com uma simples canetada do Supremo.

Por que é que os humanóides teimam em tornar tudo complicado ?