30 de dezembro de 2008

TESTE PARA SELEÇÃO DE JORNALISTAS

Uma sugestão aos responsáveis pelos departamentos de pessoal das empresas jornalísticas: depois de pesquisas que se arrastaram por meses, os especialistas do Sopa de Tamanco conseguiram montar um teste infalível para seleção de candidatos a vagas nas redações.

O candidato ao emprego deve ficar imóvel durante três minutos, diante um fiscal da empresa.

Se, ao final deste prazo, o candidato não latir nem relinchar deve ser sumariamente eliminado, porque não serve para a profissão jornalística.

Se, no entanto, o candidato emitir latidos e relinchos terá provado que é jornalista legítimo. Deve ser imediatamente contratado.

Porque mostrou estar preparado para ingressar nas redações brasileiras e produzir os jornais, revistas e programas de TV mais chatos do mundo.

15 PONTOS BÁSICOS PARA ENTENDER POR QUE DEUS NÃO É BRASILEIRO E PROVAVELMENTE NÃO TORCE PELO FLAMENGO

1. Se Deus fosse brasileiro, para começo de conversa, o sol não nasceria para todos, apenas para quem tivesse assinatura mensal, cujo preço seria o equivalente ao valor do sol pela cotação islandesa, multiplicado pela massa de Júpiter e dividido em prestações de acordo com o ano lunar.

Isso, caso você assinasse o pacote premium, que garantiria o direito a ver cinco cores, bronzear dois braços e uma perna, colocar seis cuecas no varal para secar (varal não incluído no preço) e fazer fotossíntese à vontade (promoção por tempo limitado). Outras propriedades e funções da luz poderiam ser compradas em raios individuais pelo sistema de pay-per-sun, que funcionaria ou não, a depender da sua fé nas atendentes de telemarketing.
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O pacote básico permitiria apenas fritar um ovo no cimento e queimar uma resma de papel com uma lupa. Porém, misericordioso, Deus pensaria nos mais humildes e encarregaria uma falange de anjos de vender baratinho o gato solar, gambiarra que, reaproveitando a luz da lua, incluiria também os serviços de segurança, fornecimento de gás natural e comércio de maná e espadas flamejantes.

2. Se Deus fosse brasileiro, as catástrofes naturais não atingiriam a todos indiscriminadamente. Com algum dinheiro por fora, avisaria os eleitos, com antecedência, da chegada de um furacão, de uma tempestade, de uma nevasca ou de uma sogra. Abriria um instituto de meteorologia através de um laranja, ficaria milionário e acabaria numa CPI, graças a denúncias do Espírito Santo, inconformado por não ter se envolvido na negociata. Subitamente elevado à categoria de herói nacional, o Espírito Santo posaria nu para a G Magazine e Deus fugiria para a Europa.
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3. Se Deus fosse brasileiro, as estações seriam 37, mas alguns juristas defenderiam a existência de 42; outros, de 29; outros, ainda, de 76; enquanto a OAB fecharia o caso em 11 ou 315, a depender da comissão. O que não significaria muito, porque, no final, só duas seriam observadas na prática: o Verão 1 e o Verão 2, não se sabendo exatamente sua ordem, data de início ou tempo de duração.
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CHUCK NORRIS É MEU PASTOR E NADA ME FALTARÁ, EXCETO TALVEZ UM OU DOIS DENTES

No princípio destruiu Chuck os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia, porque Chuck dera um golpe de kick boxing nela e com uma cotovelada mandara as trevas para longe, arrastando o pobre Espírito de Deus, que pairava sobre a face das águas. E Chuck estapeou a face das águas e afogou o Espírito de Deus no abismo, para ele deixar de ser besta.

E disse Chuck: “Faça-se a luz, motherfucker”, e a luz, que é ajuizada, se fez. E viu Chuck que a luz era boa para levar umas porradas, e saiu desferindo cascudos em fótons, prótons, elétrons e demais partículas subatômicas que apareciam pela frente. E com um coice apartou a luz das trevas; e Chuck chamou à luz Fucking Dia, e às trevas Fucking Noite.
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(Texto completo, aqui)

COM A MORTE DE DEUS, PSDB PERDE UM FILIADO

Mataram Deus no século XIX com dois ou três sofismas na cabeça e seis silogismos à queima-roupa. O episódio foi semelhante ao do assassinato de César, com a diferença fundamental de que Deus não estava no Senado e, que saiba, não sofria de epilepsia. O ponto de contato é que ambos tinham a mesma mania de grandeza, apesar de o divino Júlio deter obviamente mais poder.

O Senhor passeava tranqüilo sobre a face das águas quando Nietzsche, que tinha entrado no Paraíso à socapa, com a intenção de matar Sócrates, deparou-se com Platão, banhando-se num lago de águas cristalinas e pensando: “Se o lago do mundo ideal é assim, imagina o lago do mundo ideal do mundo ideal!”
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(Texto completo, aqui)