O post anterior reclama das abomináveis marchinhas de carnaval.
Apoiado!
....Mas o que dizer dos "sambas de enredo" ?
Pergunto-me: o engenho humano será, algum dia, capaz de produzir algo tão chato quanto ?
Duvido. São versos sem pé, sem cabeça e sem beleza, repetidos incessantemente por uma hora e meia, duas horas.
De vinte em vinte anos, um refrão se salva. Façam as contas. Não estou exagerando.
É por essas e outras que pretendo passar o carnaval numa cela desativada de Guantánamo.
É dez vezes mais divertido.
25 de janeiro de 2009
SOCORRO! HELP! VÊM AÍ AS MARCHINHAS DE CARNAVAL!
Cidadãos da República: é hora de rogar, com toda urgência, pela proteção dos céus.
Porque vêm aí aqueles temidos concursos de marchinhas de carnaval: um lastimável desfile de melodias primárias e letras paupérrimas, em geral embaladas por trocadilhos infames e piadinhas machistas.
Marchinha de carnaval: coisa típica de sessentões de cabelo pintado, barriga proeminente e senso de ridículo nulo.
Deus, protegei nossos ouvidos.
Tais concursos podem sem listados, sem margem de erro, entre as mais baixas manifestações da "cultura" brasileira.
Mas é claro que há horrores piores.
Ontem à noite, ao zapear pelo lixo televisivo, o olheiro do Sopa de Tamanco viu, no canal 17, uma cena inenarrável: um sujeito de bandana cantava animadamente aquela música que diz "meu-iá-iá-meu-iô-iô".
Detalhe: o elemento requebrava os quadris. Com certeza, julgava-se "sexy".
Imaginem, por um instante, o resultado da conjunção entre melodia, bandana e letra. O resultado: o horror, o horror, o horror.
O grande e único problema da humanidade é que estes bípedes se alistam entre
os que, desde a mais tenra idade, se mostram incapazes de praticar um exercício que lhes garantiria pelo menos um instante de clarividência e iluminação.
É assim: primeiro, deveriam se postar diante de um espelho. Em seguida, com voz pausada, com cuidado para pronunciar cada sílaba com a devida clareza, deveriam recitar o mantra:
"Senhor dos céus: um dia, nasci. Respondei: por quê ? Para quê ? Em nome de quê?".
O silêncio da resposta se derramaria sobre todas as bandadas - e se estenderia por todos os séculos.
Porque vêm aí aqueles temidos concursos de marchinhas de carnaval: um lastimável desfile de melodias primárias e letras paupérrimas, em geral embaladas por trocadilhos infames e piadinhas machistas.
Marchinha de carnaval: coisa típica de sessentões de cabelo pintado, barriga proeminente e senso de ridículo nulo.
Deus, protegei nossos ouvidos.
Tais concursos podem sem listados, sem margem de erro, entre as mais baixas manifestações da "cultura" brasileira.
Mas é claro que há horrores piores.
Ontem à noite, ao zapear pelo lixo televisivo, o olheiro do Sopa de Tamanco viu, no canal 17, uma cena inenarrável: um sujeito de bandana cantava animadamente aquela música que diz "meu-iá-iá-meu-iô-iô".
Detalhe: o elemento requebrava os quadris. Com certeza, julgava-se "sexy".
Imaginem, por um instante, o resultado da conjunção entre melodia, bandana e letra. O resultado: o horror, o horror, o horror.
O grande e único problema da humanidade é que estes bípedes se alistam entre
os que, desde a mais tenra idade, se mostram incapazes de praticar um exercício que lhes garantiria pelo menos um instante de clarividência e iluminação.
É assim: primeiro, deveriam se postar diante de um espelho. Em seguida, com voz pausada, com cuidado para pronunciar cada sílaba com a devida clareza, deveriam recitar o mantra:
"Senhor dos céus: um dia, nasci. Respondei: por quê ? Para quê ? Em nome de quê?".
O silêncio da resposta se derramaria sobre todas as bandadas - e se estenderia por todos os séculos.
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