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Aqueles que me lêem há mais tempo sabem perfeitamente que sou uma pessoa sensata, calma, tranqüila, sem qualquer distúrbio de personalidade além de uma pequena tendência a discutir aos berros com a televisão e, ocasionalmente, atirar pratos de comida na direção do William Bonner. Mesmo assim, só quando provocado.
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(Texto completo, aqui)
18 de setembro de 2007
ROMA ANTIGA
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PLUTARCO: E a formação da equipe, você poderia adiantar?
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POMPEU: Bem, nós vamos entrar com a formação tradicional. Homens agrupados, escudos sobre as cabeças, enfim, a formação tartaruga de sempre.
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PLUTARCO: E essa versão de que vocês abandonariam o campo de jogo, cedendo a vitória por WO?
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POMPEU: Só se for nas calendas gregas! Não, isso é história de César. Ele fala demais. Mas hoje nós vamos provar que nem sempre quem tem boca vem a Roma. Dessa vez, ele vai ter que dobrar a língua. Dobrar a língua, arregalar os olhos e babar um pouco.
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(Texto completo, aqui)
PLUTARCO: E a formação da equipe, você poderia adiantar?
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POMPEU: Bem, nós vamos entrar com a formação tradicional. Homens agrupados, escudos sobre as cabeças, enfim, a formação tartaruga de sempre.
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PLUTARCO: E essa versão de que vocês abandonariam o campo de jogo, cedendo a vitória por WO?
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POMPEU: Só se for nas calendas gregas! Não, isso é história de César. Ele fala demais. Mas hoje nós vamos provar que nem sempre quem tem boca vem a Roma. Dessa vez, ele vai ter que dobrar a língua. Dobrar a língua, arregalar os olhos e babar um pouco.
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(Texto completo, aqui)
A CULPA DE D. PEDRO I (2)
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Maldito Dom Pedro! Se o Paraná não fizesse parte do Brasil, não teríamos que agüentar Paulo Polzonoff Jr., o popular Cotoco, todos os dias aqui na redação.
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Também, que esperar de um lugar que foi colônia de São Paulo!
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(Ver post abaixo.)
Maldito Dom Pedro! Se o Paraná não fizesse parte do Brasil, não teríamos que agüentar Paulo Polzonoff Jr., o popular Cotoco, todos os dias aqui na redação.
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Também, que esperar de um lugar que foi colônia de São Paulo!
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(Ver post abaixo.)
NUDISMO
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— Fica quieto, Ademar. Por que é que você não entra no clima?
— É que eu sou um cara muito careta, que acredita em coisas ultrapassadas e retrógradas como acomodar o saco em superfícies frescas.
— Só queria que a gente curtisse uma diferente...
— Pois conseguiu. Sabe que eu nunca antes tinha passado um dia inteiro tentando tirar areia de dentro do furico?
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(Texto completo, aqui)
— Fica quieto, Ademar. Por que é que você não entra no clima?
— É que eu sou um cara muito careta, que acredita em coisas ultrapassadas e retrógradas como acomodar o saco em superfícies frescas.
— Só queria que a gente curtisse uma diferente...
— Pois conseguiu. Sabe que eu nunca antes tinha passado um dia inteiro tentando tirar areia de dentro do furico?
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(Texto completo, aqui)
ACADEMIA
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O mais perto que havia chegado da malhação até aquele dia tinha sido dar uns cascudos num Judas no Sábado de Aleluia. Mas, entrando na masmorra, digo, no recinto destinado aos exercícios, pude sentir, de cara, os efeitos benéficos do lugar: ao pagar a matrícula, meu bolso ficou, imediatamente, pelo menos duzentos gramas mais magro.
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(Texto completo, aqui)
O mais perto que havia chegado da malhação até aquele dia tinha sido dar uns cascudos num Judas no Sábado de Aleluia. Mas, entrando na masmorra, digo, no recinto destinado aos exercícios, pude sentir, de cara, os efeitos benéficos do lugar: ao pagar a matrícula, meu bolso ficou, imediatamente, pelo menos duzentos gramas mais magro.
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(Texto completo, aqui)
PAULO FRANCIS, NO DIÁRIO DA CORTE: "CANSEI DE VER POBRE RECLAMANDO E SOFRENDO". É O INVERSO DE REGINA CASÉ, "A IMPERATRIZ DA BARBÁRIE"
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Paulo Francis desistiu de ver um dos principais telejornais da TV americana porque achava que o programa tinha sido contaminado pela detestável mentalidade politicamente correta, aquela que acha que todo mundo é igual e não existe nada de ruim na face da terra. É exatamente o oposto de Regina Casé, a "Imperatriz da Barbárie" ( ver post anterior).
Você fica com quem? Paulo Francis ou Regina Casé ?
Nem dá para discutir.
Aqui, o blogueiro Alexandre Soares Silva apresenta aos internautas colunas de Paulo Francis escaneadas - entre elas, a que fala do telejornal politicamente correto:
http://soaressilva.wunderblogs.com/
Paulo Francis desistiu de ver um dos principais telejornais da TV americana porque achava que o programa tinha sido contaminado pela detestável mentalidade politicamente correta, aquela que acha que todo mundo é igual e não existe nada de ruim na face da terra. É exatamente o oposto de Regina Casé, a "Imperatriz da Barbárie" ( ver post anterior).
Você fica com quem? Paulo Francis ou Regina Casé ?
Nem dá para discutir.
Aqui, o blogueiro Alexandre Soares Silva apresenta aos internautas colunas de Paulo Francis escaneadas - entre elas, a que fala do telejornal politicamente correto:
http://soaressilva.wunderblogs.com/
POMPEU X CÉSAR
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POMPEU: Não chegamos na final por acaso, né? Se estamos aqui hoje foi graças às belas vitórias sobre sírios e palestinos. Além disso, a gente tem a vantagem de jogar dentro de casa. Acho que é manter a defesa postada e partir pro contra-ataque rápido.
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PLUTARCO: Você não teme César? Afinal, trata-se de um cônsul experiente.
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POMPEU: Talvez seja um cônsul experiente. Mas não é nenhuma Brastemp. Só temo a deslealdade. Todo mundo sabe que César é um tremendo filho de uma loba!
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PLUTARCO: Err... Hmm...
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POMPEU: Desculpe, Plu. Não vai tornar a acontecer. Prometo não mais perder a cabeça.
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(Texto completo, aqui)
POMPEU: Não chegamos na final por acaso, né? Se estamos aqui hoje foi graças às belas vitórias sobre sírios e palestinos. Além disso, a gente tem a vantagem de jogar dentro de casa. Acho que é manter a defesa postada e partir pro contra-ataque rápido.
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PLUTARCO: Você não teme César? Afinal, trata-se de um cônsul experiente.
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POMPEU: Talvez seja um cônsul experiente. Mas não é nenhuma Brastemp. Só temo a deslealdade. Todo mundo sabe que César é um tremendo filho de uma loba!
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PLUTARCO: Err... Hmm...
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POMPEU: Desculpe, Plu. Não vai tornar a acontecer. Prometo não mais perder a cabeça.
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(Texto completo, aqui)
Isto aqui ô ô
O sociólogo Alberto Carlos Almeida acaba de publicar A Cabeça do Brasileiro, uma ampla pesquisa a respeito de como o brasileiro - não só o da Zona Sul - pensa sobre... tudo.
Mas atenção: algumas conclusões podem chocar aqueles que ainda acreditam no bom selvagem. Aqui, duas, só para exemplificar: o brasileiro apóia o linchamento como forma de justiça e o brasileiro gosta, declaradamente, do político que rouba mas faz.
(Vai me dizer que você não sabia disso?)
Mas atenção: algumas conclusões podem chocar aqueles que ainda acreditam no bom selvagem. Aqui, duas, só para exemplificar: o brasileiro apóia o linchamento como forma de justiça e o brasileiro gosta, declaradamente, do político que rouba mas faz.
(Vai me dizer que você não sabia disso?)
O Brasil merece Renan
Não vou chamar o Senado de canalha hoje, Geneton, por um motivo simples: acredito que o Brasil mereça Renan.
Prova disso foi a matéria exibida no Fantástico que mostrou a pequena e pobre cidade de Murici, durante a votação que decidiu o destino do pobre-diabo. As pessoas comemoravam, estavam felizes. O caudilho sobreviveu. É o que importa para elas.
Nós, da Zona Sul de São Paulo ou do Rio, precisamos, de uma vez por todas, entender que o Brasil não somos nós; o Brasil são eles. A democracia não é linda?
Prova disso foi a matéria exibida no Fantástico que mostrou a pequena e pobre cidade de Murici, durante a votação que decidiu o destino do pobre-diabo. As pessoas comemoravam, estavam felizes. O caudilho sobreviveu. É o que importa para elas.
Nós, da Zona Sul de São Paulo ou do Rio, precisamos, de uma vez por todas, entender que o Brasil não somos nós; o Brasil são eles. A democracia não é linda?
A culpa de D. Pedro I
Depois que D. Pedro I abdicou, o Brasil viveu inúmeras revoltas separatistas. No Pará, Maranhão, Bahia, Pernambuco, São Paulo (que, na época, também englobava o Paraná) e Rio Grande do Sul eclodiram revoltas que queriam transformar estas províncias em estados independentes.
Não é por nada não, mas... que maravilha. Imagine um país sem o Pará e o Maranhão, isto é, sem Jader e Sarney! Sem Banda Calypso, minha gente! Sem a Bahia de Carlinhos Brown e ACM.
Que chance desperdiçamos...
Não é por nada não, mas... que maravilha. Imagine um país sem o Pará e o Maranhão, isto é, sem Jader e Sarney! Sem Banda Calypso, minha gente! Sem a Bahia de Carlinhos Brown e ACM.
Que chance desperdiçamos...
ACUMULANDO RAIVA E RANCOR
Recorrendo à péssima música dos Titãs, cá me encontro, "acumulando raiva e rancor", pra escrever sobre a Imperatriz da Barbárie, Regina Casé, aquela que faz apologia do que é feio, miserável, sujo e fedido. Tudo é genial quando não se tem saneamento básico - é o princípio do qual parte a ideóloga caseana.
EXTRA! EXTRA! JORNALISTA FAZ JORNALISMO... PRA JORNALISTA
Tem razão o amigo Geneton quando diz que o pior inimigo da notícia é o jornalista. Eu diria mais: que o jornalismo virou profissão esquizofrênica e autista ao mesmo tempo. O jornalismo é feito para o jornalista. Esqueceram o público. Pior: quando lembram dele, fazem igual à Regina Casé: jogam para a geral dos desdentados e analfabetos.
Qualquer pessoa de bom senso ficaria estarrecida com o número de boas histórias que são desperdiçadas simplesmente porque não são furos, isto é, porque já foram cobertas, ainda que tangencialmente, pela Tribuna de Piraporinha do Oeste. Os jornalistas (eu não!) perderam a deliciosa curiosidade que norteava a profissão.
Pior do que isso (e sempre há algo pior) só mesmo o cara que acha que não há mesmo nada de novo a ser relatado e, todos os anos, burocraticamente, à primeira geada em Curitiba, manda a repórter bonitinha mas ordinária levantar bem cedo, escolher um carro coberto de gelo e dizer: "A geada cobriu os carros com uma fina camada de gelo".
Para onde vamos? Vocês, eu não sei. Eu já fui.
Qualquer pessoa de bom senso ficaria estarrecida com o número de boas histórias que são desperdiçadas simplesmente porque não são furos, isto é, porque já foram cobertas, ainda que tangencialmente, pela Tribuna de Piraporinha do Oeste. Os jornalistas (eu não!) perderam a deliciosa curiosidade que norteava a profissão.
Pior do que isso (e sempre há algo pior) só mesmo o cara que acha que não há mesmo nada de novo a ser relatado e, todos os anos, burocraticamente, à primeira geada em Curitiba, manda a repórter bonitinha mas ordinária levantar bem cedo, escolher um carro coberto de gelo e dizer: "A geada cobriu os carros com uma fina camada de gelo".
Para onde vamos? Vocês, eu não sei. Eu já fui.
CONFIRMADÍSSIMO : O MAIOR INIMIGO DA NOTÍCIA É O JORNALISTA
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Tempo de serviço deve servir para alguma coisa. Não é possível que seja de todo inútil.
Em meu caso, depois de trinta e cinco (!!) anos de pastagem em redações, tempo de serviço serviu para que eu aprendesse o seguinte:
o maior, o mais nocivo, o mais destrutivo, o mais implacável, o mais intransigente inimigo da notícia é o jornalista.
Aviso aos navegantes: não é "frase de efeito". É a mais cristalina verdade.
Já se disse que o melhor jornal é aquele que vai para a cesta do lixo das redações. Ou seja :o que não é publicado.
Um leigo ficaria boquiaberto se testemunhasse por cinco minutos o que acontece em qualquer redação : exércitos de burocratas, com uma lança afiada em punho, passam o dia caçando a primeira história interessante que aparecer pela frente.
Quando encontram uma pela frente, esfolam a coitada a golpes de lança, socos, pontapés e cuteladas ( quando eu era criança, toda vez que um lutador chamado Verdugo acertava um golpe no adversário, o locutor do Telecatch Montilla gritava : "Cutelada sensacional de Verdugo !". "Cutelada". Eu sabia que um dia iria escrever esta palavra. O grande dia chegou.)
Se o tal locutor ressuscitasse para animar as redações, exclamaria de cinco em cinco minutos :"Cutelada sensacional na notícia !".
É assim que são feitos jornais, revistas e TVs.
Gente que se acha investida de um mandato divino resolve decidir, a cuteladas, o que é que o distinto público deve e quer saber.
"Cutelada sensacional" na profissão!
Tempo de serviço deve servir para alguma coisa. Não é possível que seja de todo inútil.
Em meu caso, depois de trinta e cinco (!!) anos de pastagem em redações, tempo de serviço serviu para que eu aprendesse o seguinte:
o maior, o mais nocivo, o mais destrutivo, o mais implacável, o mais intransigente inimigo da notícia é o jornalista.
Aviso aos navegantes: não é "frase de efeito". É a mais cristalina verdade.
Já se disse que o melhor jornal é aquele que vai para a cesta do lixo das redações. Ou seja :o que não é publicado.
Um leigo ficaria boquiaberto se testemunhasse por cinco minutos o que acontece em qualquer redação : exércitos de burocratas, com uma lança afiada em punho, passam o dia caçando a primeira história interessante que aparecer pela frente.
Quando encontram uma pela frente, esfolam a coitada a golpes de lança, socos, pontapés e cuteladas ( quando eu era criança, toda vez que um lutador chamado Verdugo acertava um golpe no adversário, o locutor do Telecatch Montilla gritava : "Cutelada sensacional de Verdugo !". "Cutelada". Eu sabia que um dia iria escrever esta palavra. O grande dia chegou.)
Se o tal locutor ressuscitasse para animar as redações, exclamaria de cinco em cinco minutos :"Cutelada sensacional na notícia !".
É assim que são feitos jornais, revistas e TVs.
Gente que se acha investida de um mandato divino resolve decidir, a cuteladas, o que é que o distinto público deve e quer saber.
"Cutelada sensacional" na profissão!
A PRAGA DOS LIVROS MAL ESCRITOS
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"Eu não me canso de me surpreender com os exemplos de livros mal escritos. São livros que têm outros valores admiráveis, por vezes personagens extremamente bem construídos e histórias deveras interessantes. Nada disso, porém, ameniza o fato de que são mal escritos – o que me obriga a compará-los a casas fundadas na areia mais movediça possível. Veja se não é o caso deste livro, cuja primeira frase é característica de todo o resto:
“Sinto meu corpo preso a essa superfícia lisa e plana, onde deslizo meu silêncio sem a penetrar, porque é rasa, nem dela me descolo, pois é minha única realidade.”
Aqui, o texto completo:
http://www.polzonoff.com.br
"Eu não me canso de me surpreender com os exemplos de livros mal escritos. São livros que têm outros valores admiráveis, por vezes personagens extremamente bem construídos e histórias deveras interessantes. Nada disso, porém, ameniza o fato de que são mal escritos – o que me obriga a compará-los a casas fundadas na areia mais movediça possível. Veja se não é o caso deste livro, cuja primeira frase é característica de todo o resto:
“Sinto meu corpo preso a essa superfícia lisa e plana, onde deslizo meu silêncio sem a penetrar, porque é rasa, nem dela me descolo, pois é minha única realidade.”
Aqui, o texto completo:
http://www.polzonoff.com.br
A BELEZA DA ORAÇÃO, POR NÉLSON RODRIGUES
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Em "O Óbvio Ululante", coletânea recém-lançada das crônicas do imbatível Nélson Rodrigues:
"Duas mãos postas são sempre tocantes, ainda que se reze pelo Vampiro de Dusseldorf".
Em "O Óbvio Ululante", coletânea recém-lançada das crônicas do imbatível Nélson Rodrigues:
"Duas mãos postas são sempre tocantes, ainda que se reze pelo Vampiro de Dusseldorf".
JOGO BRUTO
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PLUTARCO: Bom dia, Virgílio. Bem, vamos ouvir da boca do próprio comandante o que ele tem a dizer. E então, Pompeu, tudo bem?
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POMPEU: Tudo na santa pax romana.
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PLUTARCO: Bom, pra começar, uma polêmica. César diz que seu time é muito agressivo. E você, que cê tem a dizer sobre seu selecionado? Joga bruto ou não joga?
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POMPEU: Bruto pode até jogar. Mas não é de apunhalar o adversário pelas costas.
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(Texto completo, aqui)
PLUTARCO: Bom dia, Virgílio. Bem, vamos ouvir da boca do próprio comandante o que ele tem a dizer. E então, Pompeu, tudo bem?
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POMPEU: Tudo na santa pax romana.
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PLUTARCO: Bom, pra começar, uma polêmica. César diz que seu time é muito agressivo. E você, que cê tem a dizer sobre seu selecionado? Joga bruto ou não joga?
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POMPEU: Bruto pode até jogar. Mas não é de apunhalar o adversário pelas costas.
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