13 de fevereiro de 2008

ALPINISTAS

“Não quero parecer ranzinza,mas alguém pode me dizer para que servem os alpinistas ? Por que aqueles idiotas não pegam um avião para olhar as montanhas do alto,em vez de tentar a subida ridiculamente amarrados em cordas ? . Eu jamais compraria um carro de um alpinista.Não se pode confiar em seres que não têm senso de ridículo”.

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TELEVISÃO

— Sr. Onofre, eu sou o agente Jonas e esse aqui o agente Nunes. Nós estamos entrevistando os moradores das redondezas, porque houve uma ironia hedionda no bairro ontem à noite e procuramos o culpado. O senhor reconhece esse homem aqui no retrato?
— Voltaire? Digo, vou teire que pensar um pouco... Essa peruca, esse bastão, esse nariz... Não, não, nunca vi mais nobre.
— O senhor pensava ontem à noite, entre as 20 e 22 horas?
— Ih, nada. Tenho evitado. A última vez que eu pensei deu uma dor de cabeça dos diabos. Troquei pela televisão.

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PROBLEMA DE CLASSE

"De onde vem este ódio à classe-média? Lembro-me agora daqueles burgueses da Semana de 22 escrevendo poemas de ódio à pequena-burguesia. Ou ainda de Luis Fernando Veríssimo, o escritor preferido da classe-média, espinafrando a dita-cuja. Isto sem falar nos autores jovens, que já nasceram com esta raiva entranhada.

"Uma boa amiga me diz que classe-média nada tem a ver com dinheiro ou falta dele. É um estado de espírito. É aquela coisa de comprar o mesmo carro, de ter o mesmo cachorro, de comer nos mesmos restaurantes e de ver os mesmos filmes e sobre eles falar a mesma coisa. Não discordo. É uma das facetas, sim. Mas, ainda, vale a pergunta: por que tanto ódio à classe-média?"

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