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Suor escorria da minha testa, o coração disparava, os minutos iam se passando e nada. Repassei de memória todas as edições da Playboy na década de 80 até então, pensei em colegas de classe, professoras, em Capitu, She-Ha e até na Emília do Sítio do Picapau Amarelo. A certa altura, esgotada a galeria de imagens femininas, dei a batalha como irremediavelmente perdida.
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E é aqui que digo a vocês, leitores ignaros e sem cultura: como já afirmava Anísio Teixeira, a arte salva o homem. No meu caso específico, foi a arte cinematográfica. Mais exatamente, uma cena do filme “Rio Babilônia” em que Denise Dumont está nua na piscina.
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(Texto completo, aqui)
28 de setembro de 2007
GENETON: O HOMEM, O MITO
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Terça-feira estive na Globo do Rio e voltei para São Paulo verdadeiramente “incrível”, como se diz no Recife. Eis que durante todos esses anos acreditava estar o dr. Roberto Marinho por trás dos eventos históricos mais importantes de nosso país. Mas descobri, boquiaberto, que dr. Roberto era apenas um testa-de-ferro. O verdadeiro comandante dos destinos nacionais se chama Geneton Moraes Neto.
Na entrada da TV Globo, no Jardim Botânico, uma imensa estátua de Geneton foi erguida. Ali, estudantes de jornalismo de todo o Brasil vêm em peregrinação e, silenciosos e respeitosos, com lencinhos Kleenex nas mãos, permanecem fitando a imagem do mestre, eventualmente deixando cair um fio de baba.
Ao entrar com o Geneton de carne e osso no prédio, pude perceber os olhares extasiados dos funcionários à sua passagem. Faxineiras pedindo autógrafos, porteiros querendo arrancar um fio de cabelo do mito.
Mas o verdadeiramente impressionante foi ouvir, assim que Geneton cruzou a porta de vidro que dá acesso à redação do Fantástico, longas fanfarras, enquanto um tapete vermelho lhe era cuidadosamente estendido.
Ao vê-lo, Glória Maria imediatamente gritou, abanando os braços, como se diante de Leonardo DiCaprio: “É ele, gentche! É ele! Ai, gentche, é ele!”. Repórteres antigos da Vênus Platinada faziam uma reverência com a cabeça. Outros, se ajoelhavam.
Toni Marques, que trabalha com Geneton e estava presente, pode confirmar tudo. Ali dentro, ouvi declarações escabrosas sobre a atuação de Geneton na formulação das diretrizes políticas da empresa. Só para se ter uma idéia, escutei à boca miúda, de fonte confiável, ter sido aquele debate Lula x Collor de 1989 — que, segundo se diz, influiu na eleição deste último para presidente da República — editado por ninguém menos que Geneton Moraes Neto.
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Isso e muitas outras coisas me foram reveladas, coisas capazes de fazer Ulysses Guimarães retornar do fundo das águas. Mas, mais não digo, por temer represálias.
Terça-feira estive na Globo do Rio e voltei para São Paulo verdadeiramente “incrível”, como se diz no Recife. Eis que durante todos esses anos acreditava estar o dr. Roberto Marinho por trás dos eventos históricos mais importantes de nosso país. Mas descobri, boquiaberto, que dr. Roberto era apenas um testa-de-ferro. O verdadeiro comandante dos destinos nacionais se chama Geneton Moraes Neto.
Na entrada da TV Globo, no Jardim Botânico, uma imensa estátua de Geneton foi erguida. Ali, estudantes de jornalismo de todo o Brasil vêm em peregrinação e, silenciosos e respeitosos, com lencinhos Kleenex nas mãos, permanecem fitando a imagem do mestre, eventualmente deixando cair um fio de baba.
Ao entrar com o Geneton de carne e osso no prédio, pude perceber os olhares extasiados dos funcionários à sua passagem. Faxineiras pedindo autógrafos, porteiros querendo arrancar um fio de cabelo do mito.
Mas o verdadeiramente impressionante foi ouvir, assim que Geneton cruzou a porta de vidro que dá acesso à redação do Fantástico, longas fanfarras, enquanto um tapete vermelho lhe era cuidadosamente estendido.
Ao vê-lo, Glória Maria imediatamente gritou, abanando os braços, como se diante de Leonardo DiCaprio: “É ele, gentche! É ele! Ai, gentche, é ele!”. Repórteres antigos da Vênus Platinada faziam uma reverência com a cabeça. Outros, se ajoelhavam.
Toni Marques, que trabalha com Geneton e estava presente, pode confirmar tudo. Ali dentro, ouvi declarações escabrosas sobre a atuação de Geneton na formulação das diretrizes políticas da empresa. Só para se ter uma idéia, escutei à boca miúda, de fonte confiável, ter sido aquele debate Lula x Collor de 1989 — que, segundo se diz, influiu na eleição deste último para presidente da República — editado por ninguém menos que Geneton Moraes Neto.
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Isso e muitas outras coisas me foram reveladas, coisas capazes de fazer Ulysses Guimarães retornar do fundo das águas. Mas, mais não digo, por temer represálias.
HOJE, COMO ONTEM
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PERGUNTA: A poesia brasileira hoje é ruim, segundo o senhor diz. De quem é a culpa?
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RESPOSTA: A culpa não é de ninguém. Os tempos estão ruins. É um fenômeno universal, uma espécie de deterioração dos conceitos e do sentimento estético. Em qualquer país do mundo é a mesma porcaria! E não só em poesia como em literatura em geral, nas artes plásticas e até na música. É uma cacofonia de sons que não me parece que seja uma coisa agradável ao ouvido ou à vista. É um fenômeno universal, porque, com a massificação dos meios de comunicação, tudo ficou igual no mundo inteiro.
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(Carlos Drummond de Andrade, no livro "Dossiê Drummond", de Geneton Moraes Neto. Imperdível.)
PERGUNTA: A poesia brasileira hoje é ruim, segundo o senhor diz. De quem é a culpa?
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RESPOSTA: A culpa não é de ninguém. Os tempos estão ruins. É um fenômeno universal, uma espécie de deterioração dos conceitos e do sentimento estético. Em qualquer país do mundo é a mesma porcaria! E não só em poesia como em literatura em geral, nas artes plásticas e até na música. É uma cacofonia de sons que não me parece que seja uma coisa agradável ao ouvido ou à vista. É um fenômeno universal, porque, com a massificação dos meios de comunicação, tudo ficou igual no mundo inteiro.
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(Carlos Drummond de Andrade, no livro "Dossiê Drummond", de Geneton Moraes Neto. Imperdível.)
BOCA PRA QUE TE QUERO
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Sem dúvida, a novel utilizava o maxilar com tanta perícia quanto Cícero. No entanto, os helenos não encontraram mais empecilhos para conquistar o Ílio do que a dita senhorita na tentativa de recompor minha virilidade. Tanto assim que, após aquele dia, a expressão “gastar saliva” ganhou uma conotação inteiramente nova aos meus ouvidos.
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(Texto completo, aqui)
Sem dúvida, a novel utilizava o maxilar com tanta perícia quanto Cícero. No entanto, os helenos não encontraram mais empecilhos para conquistar o Ílio do que a dita senhorita na tentativa de recompor minha virilidade. Tanto assim que, após aquele dia, a expressão “gastar saliva” ganhou uma conotação inteiramente nova aos meus ouvidos.
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(Texto completo, aqui)
NOTÍCIAS DA "MARATONA BERNSTEIN": UM DIA NO ENCALÇO DO REPÓRTER QUE DERRUBOU UM PRESIDENTE
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Tive esta semana o privilégio de ouvir um dos meus ídolos profissionais ( meu e da torcida do Flamengo) : Carl Bernstein, o repórter que, em parceria com Bob Woodward, investigou o Escândalo de Watergate. Fazia anos que eu esperava por uma chance de entrevistá-lo.
Aos recém-nascidos: a dupla Bernstein-Woodward provou que o governo do presidente americano Richard Nixon estava envolvido em operações de espionagem de adversários políticos. Tudo começou quando um bando de mercenários arrombou um escritório do Partido Democrata, no Edifício Watergate, em Washington. O caso parecia, à primeira vista, uma mera escaramuça de gatunos sem importância.
Mas a persistência dos dois repórteres - que de início nem foram levados a sério - terminou expondo o fio da meada. Resultado: a crise provocada pelo chamado Escândalo Watergate adquiriu proporções bíblicas. Nunca na história americana um presidente tinha renunciado. Richard Nixon renunciou.
Bernstein e Woodward se transformaram em ídolos. Não era para menos.
Em apenas vinte e quatro meses, a vida dos dois virou de cabeça para baixo. Um perfil de Bernstein publicado nos Estados Unidos resume bem o que aconteceu : em dois anos, ele saltou da condição de "repórter de cidade" para o de super-celebridade. Uma cena ilustra a mudança de status : Dustin Hoffmann passou a frequentar a redação do Washington Post, para observar os trejeitos do repórter. Logo depois, o super-ator encarnou Carl Bernstein no (emocionante) filme "Todos os Homens do Presidente".
Ouvi Carl Bernstein três vezes esta semana em São Paulo - primeiro, numa conferência na Câmara Americana de Comércio; em seguida, numa coletiva; por fim, numa longa entrevista exclusiva.
Lá pelas tantas, ao falar do nível da imprensa, ele perguntou quantos na platéia tinham ouvido falar de Paris Hilton, a patricinha débil mental que virou "celebridade" apenas por ser "celebridade". Nunca fez nada de notável na vida.
A maioria dos ouvintes levantou a mão. É óbvio que a maioria conhecia a idiota.
Bernstein foi irônico: nem havia o que comentar. A imprensa criou um monstro.
Em seguida, o repórter fez uma nova pesquisa informal. Quantos ali na platéia achavam correta a intervenção americana no Iraque ? Somente um Cristo levantou a mão. Berstein acha que a administração Bush é "a mais desastrosa da história americana moderna". Os Estados Unidos vão demorar décadas para se recuperar. O super-repórter diz que o ataque ao Afeganistão pode ter sido um golpe contra o terror. Mas a invasão do Iraque, não. "O Iraque era um estado totalitário. Não era um estado terrorista".
Em breve, detalhes da minha Maratona Bernstein, o ídolo de todo repórter que se preze.
Tive esta semana o privilégio de ouvir um dos meus ídolos profissionais ( meu e da torcida do Flamengo) : Carl Bernstein, o repórter que, em parceria com Bob Woodward, investigou o Escândalo de Watergate. Fazia anos que eu esperava por uma chance de entrevistá-lo.
Aos recém-nascidos: a dupla Bernstein-Woodward provou que o governo do presidente americano Richard Nixon estava envolvido em operações de espionagem de adversários políticos. Tudo começou quando um bando de mercenários arrombou um escritório do Partido Democrata, no Edifício Watergate, em Washington. O caso parecia, à primeira vista, uma mera escaramuça de gatunos sem importância.
Mas a persistência dos dois repórteres - que de início nem foram levados a sério - terminou expondo o fio da meada. Resultado: a crise provocada pelo chamado Escândalo Watergate adquiriu proporções bíblicas. Nunca na história americana um presidente tinha renunciado. Richard Nixon renunciou.
Bernstein e Woodward se transformaram em ídolos. Não era para menos.
Em apenas vinte e quatro meses, a vida dos dois virou de cabeça para baixo. Um perfil de Bernstein publicado nos Estados Unidos resume bem o que aconteceu : em dois anos, ele saltou da condição de "repórter de cidade" para o de super-celebridade. Uma cena ilustra a mudança de status : Dustin Hoffmann passou a frequentar a redação do Washington Post, para observar os trejeitos do repórter. Logo depois, o super-ator encarnou Carl Bernstein no (emocionante) filme "Todos os Homens do Presidente".
Ouvi Carl Bernstein três vezes esta semana em São Paulo - primeiro, numa conferência na Câmara Americana de Comércio; em seguida, numa coletiva; por fim, numa longa entrevista exclusiva.
Lá pelas tantas, ao falar do nível da imprensa, ele perguntou quantos na platéia tinham ouvido falar de Paris Hilton, a patricinha débil mental que virou "celebridade" apenas por ser "celebridade". Nunca fez nada de notável na vida.
A maioria dos ouvintes levantou a mão. É óbvio que a maioria conhecia a idiota.
Bernstein foi irônico: nem havia o que comentar. A imprensa criou um monstro.
Em seguida, o repórter fez uma nova pesquisa informal. Quantos ali na platéia achavam correta a intervenção americana no Iraque ? Somente um Cristo levantou a mão. Berstein acha que a administração Bush é "a mais desastrosa da história americana moderna". Os Estados Unidos vão demorar décadas para se recuperar. O super-repórter diz que o ataque ao Afeganistão pode ter sido um golpe contra o terror. Mas a invasão do Iraque, não. "O Iraque era um estado totalitário. Não era um estado terrorista".
Em breve, detalhes da minha Maratona Bernstein, o ídolo de todo repórter que se preze.
SOBRE JORNALISMOS E JORNALISTAS - 2
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Depois de observar durante três décadas e meia os movimentos das mandíbulas dos seres bípedes que povoam as redações, posso declarar em cartório, com firma reconhecida, o seguinte: não há meio termo; só existem dois tipos de jornalistas. Os ruins - que, diante de uma boa história, perguntam : mas por que publicar ? E os bons - que preferem sempre perguntar: e por que não ?
Os primeiros são maioria esmagadora.
Feita esta constatação, fecho a cortina, apago a luz do meu teatro mambembe, caminho por entre poltronas vazias e pego a direção da rua:
é lá que estão as grandes histórias, os grandes personagens, as grandes vitórias e os grandes fracassos que, em tese, deveriam alimentar o jornalismo.
Em tese.
Depois de observar durante três décadas e meia os movimentos das mandíbulas dos seres bípedes que povoam as redações, posso declarar em cartório, com firma reconhecida, o seguinte: não há meio termo; só existem dois tipos de jornalistas. Os ruins - que, diante de uma boa história, perguntam : mas por que publicar ? E os bons - que preferem sempre perguntar: e por que não ?
Os primeiros são maioria esmagadora.
Feita esta constatação, fecho a cortina, apago a luz do meu teatro mambembe, caminho por entre poltronas vazias e pego a direção da rua:
é lá que estão as grandes histórias, os grandes personagens, as grandes vitórias e os grandes fracassos que, em tese, deveriam alimentar o jornalismo.
Em tese.
DESCOBERTO O GRANDE INIMIGO DA NOTÍCIA! É ELE, O JORNALISTA!
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Jornalista: o grande, o irremovível, o intransigente, o impermeável, o indiscutível, o plenipotenciário inimigo da notícia.
Parece uma frase para impressionar leigos,mas é a mais cristalina verdade:
o maior inimigo da notícia é o jornalista, sim!
É este o motivo que leva jornais,revistas e programas de TV a padecerem de chatice congênita.
Há exceções, claro. Mas quem já passou quinze minutos numa redação sabe que "jornalista" tido como eficiente não é aquele que reúne o melhor de suas forças para levar ao público histórias, cenas e personagens interessantes. Não ! Claro que não! "Jornalista" de verdade é aquele que passa vinte e três horas por dia procurando um motivo para NÃO publicar uma história. Vive com uma espingarda imaginária nas mãos, pronto para disparar um petardo que ferirá de morte a primeira história interessante que passar pela frente.
As crianças não acreditarão, mas é exatamente assim que as redações funcionam.
"Jornalista" cria uma escala de valores absurda - que só existe na cabeça de jornalistas - para exterminar reportagens : "não vale", "não é nova", "já saiu em outro jornal", "qual é o gancho ?".
O "jornalista" acha que o leitor ou telespectador é um maníaco que lê todos os jornais, todas as revistas e vê todos os programas. Basta que uma história qualquer - por melhor que seja - saia na página dezoito de um jornal "concorrente". Pronto. Acabou. Deve ser solenemente ignorada. O resultado? A história é abatida a tiros ali, antes de nascer. O leitor ( ou telespectador) fica a ver navios.
Em resumo: o maior pecado do jornalista é fazer jornal ( ou revista ou TV) para jornalista. Não para o leitor ou telespectador. O resultado ? A epidemia de chatice jornalística que se espalha, feito metástase.
Uma reportagem só chega às mãos do leitor - ou aos olhos e ouvidos do telespectador - depois de enfrentar uma terrível, desgastante e patética corrida de obstáculos dentro das redações. Quando, finalmente, chega a público, exibe a aparência de um bicho ferido, maltratado, destroçado pelas garras dos exterminadores de matérias.
Com um atraso de três décadas e meia, faço uma oração para Nossa Senhora do Espanto e constato : não, esta não é minha tribo.
Procuro uma atividade mais útil : que tal - por exemplo - fiscal de animais de grande porte ? ( diz a lenda que existia este cargo na folha de pagamentos de uma prefeitura pernambucana). Ou observador de aviões em trânsito ? Ou, quem sabe, fabricante de bolhas de sabão.
Fiquei de pensar.
Jornalista: o grande, o irremovível, o intransigente, o impermeável, o indiscutível, o plenipotenciário inimigo da notícia.
Parece uma frase para impressionar leigos,mas é a mais cristalina verdade:
o maior inimigo da notícia é o jornalista, sim!
É este o motivo que leva jornais,revistas e programas de TV a padecerem de chatice congênita.
Há exceções, claro. Mas quem já passou quinze minutos numa redação sabe que "jornalista" tido como eficiente não é aquele que reúne o melhor de suas forças para levar ao público histórias, cenas e personagens interessantes. Não ! Claro que não! "Jornalista" de verdade é aquele que passa vinte e três horas por dia procurando um motivo para NÃO publicar uma história. Vive com uma espingarda imaginária nas mãos, pronto para disparar um petardo que ferirá de morte a primeira história interessante que passar pela frente.
As crianças não acreditarão, mas é exatamente assim que as redações funcionam.
"Jornalista" cria uma escala de valores absurda - que só existe na cabeça de jornalistas - para exterminar reportagens : "não vale", "não é nova", "já saiu em outro jornal", "qual é o gancho ?".
O "jornalista" acha que o leitor ou telespectador é um maníaco que lê todos os jornais, todas as revistas e vê todos os programas. Basta que uma história qualquer - por melhor que seja - saia na página dezoito de um jornal "concorrente". Pronto. Acabou. Deve ser solenemente ignorada. O resultado? A história é abatida a tiros ali, antes de nascer. O leitor ( ou telespectador) fica a ver navios.
Em resumo: o maior pecado do jornalista é fazer jornal ( ou revista ou TV) para jornalista. Não para o leitor ou telespectador. O resultado ? A epidemia de chatice jornalística que se espalha, feito metástase.
Uma reportagem só chega às mãos do leitor - ou aos olhos e ouvidos do telespectador - depois de enfrentar uma terrível, desgastante e patética corrida de obstáculos dentro das redações. Quando, finalmente, chega a público, exibe a aparência de um bicho ferido, maltratado, destroçado pelas garras dos exterminadores de matérias.
Com um atraso de três décadas e meia, faço uma oração para Nossa Senhora do Espanto e constato : não, esta não é minha tribo.
Procuro uma atividade mais útil : que tal - por exemplo - fiscal de animais de grande porte ? ( diz a lenda que existia este cargo na folha de pagamentos de uma prefeitura pernambucana). Ou observador de aviões em trânsito ? Ou, quem sabe, fabricante de bolhas de sabão.
Fiquei de pensar.
"MIANMAR" É NOME DE CINEMA, NÃO DE PAÍS!
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Ivan Lessa pergunta por que mudam os nomes dos países:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070928_ivanlessa_tp.shtml
Ivan Lessa pergunta por que mudam os nomes dos países:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070928_ivanlessa_tp.shtml
BOA DE BOCA
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Ela então soltou um suspiro de enfaro, próprio das cocotes. Em seguida, tratou de tentar reanimar meu aparelho reprodutor. E a verdade é que, se o ditado está certo ao afirmar que quem tem boca vai a Roma, aquela mulher certamente já deu pelo menos cinco voltas em torno do globo.
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(Texto completo, aqui)
Ela então soltou um suspiro de enfaro, próprio das cocotes. Em seguida, tratou de tentar reanimar meu aparelho reprodutor. E a verdade é que, se o ditado está certo ao afirmar que quem tem boca vai a Roma, aquela mulher certamente já deu pelo menos cinco voltas em torno do globo.
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(Texto completo, aqui)
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