O Comitê Olímpico dos Estados Unidos demitiu o assessor de Imprensa, Kevin Neuendorf, que escreveu "welcome to the Congo" (bem-vindo ao Congo) em um quadro de avisos instalado dentro da sala da entidade no centro de imprensa dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Um gesto de intolerância do Comitê Olímpico. O jornalista apenas demonstrou bom humor.
Agora, o que Kevin Neuedorf não explicou foi a que Congo ele se referia. Existem dois Congos, cada um pior do que o outro. Tem a República Democrática do Congo, ex-Zaire, capital Kinshasa, colonização belga. É a terra de Lumumba, Mobutu, Kabila pai (botou Guevara no bolso, quando o símbolo das camisetas andou por lá) e agora Kabila filho. É uma terra de ninguém, onde as tribos se digladiam há quase cinqüenta anos. Pelé, pelo Santos, conseguiu parar, por alguns dias, uma das intermináveis guerras civis. Os guerreiros calaram as armas para ver o avô dos eurochupetinhas bater um bolão.
Ou será que o jornalista americano estava se referindo ao outro Congo, colonizado pelos franceses? A República do Congo, capital Brazzaville, divisa com o Congo belga, terra nativa dos pigmeus e supostamente do Fantasma e da Caverna da Caveira.
Será que Pelé, que já foi rei congolês, poderia explicar a qual Congo o humorista americano se referia? Péssimo de geografia, será que o assessor do Comitê não estava pensando na Somália? Não seria interessante algum estagiário ouvir o pigmeu ACM neto sobre o assunto? Ou será que Lobo (?), o cachorro do Fantasma, teria alguma opinião sobre a boutade do americano? E o sarará crioulo (dá processo, ministro, cuidado) Gilberto Gil? E o contador de drinques Larry Rotten? Precisamos saber: somos franco-congoleses ou belga-congoleses? Vão deixar mister Kevin Nueundorf sair do país e nos deixar com esta dúvida geográfica? Por exemplo: a tesuda Débora Secco nasceu em qual lado do Rio Congo? E Luana Piovani tem ascendência belga ou francesa? Quando aparece um americano bem-humorado, os congoleses querem logo expulsá-lo!