11 de agosto de 2007

As jamaicadas de Lula

As duas ou três jamaicadas de Lula em Kingston. Diante da primeira-ministra jamaicana, o presidente Lula disse que no dia em que o mundo experimentar uma boa cachaça brasileira, o uísque vai perder mercado. Lula, segundo o correspondente americano Larry Rother, entende bem do assunto. Mas falar em cachaça na terra da maconha, cultivada e cultuada pelos rastas e pelas gangues urbanas que aterrorizam a capital da Jamaica? E os óculos escuros da primeira-ministra jamaicana? Fotofobia, apenas?

Lula elogiou Geisel na Jamaica. A velha história do Proálcool. Geisel, estadista? De recuo em recuo, chegaremos aos óculos escuros de Médici e ao seu milagre econômico. FHC, preguiçoso e malvado, disse recentemente que não se deve levar muito a sério o que Lula diz: "não tem correspondência com a realidade". Lula voltou também a elogiar aos usineiros: "os empresários sabem que muitas vezes foram tratados com marginais, o governo tinha vergonha de discutir com eles. Os empresários agora estão crescendo muito e virando personalidades internacionais". Nunca "neste país" os escravagistas históricos e contemporâneos receberam tantos afagos e loas como agora. Por onde Joaquim Nabuco, que não ressuscita?

Por fim, o presidente Lula deu uma de Conselheiro Acácio caribenho, ao defender que os biocombustíveis não levarão à fome: "nossa inteligência só existe porque comemos". O homem estava inspiradíssimo na terra de Bob Marley e Pete Tosh. Esse reggae...