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— E então, seu Aristides? O que o senhor acha?
— Bom, eu acho que, apesar de tudo, a vida vale a pena. É uma questão apenas de não nos apegarmos ao momento, “deixar o barco seguir”, como diz o vulgo. Já afirmava Heráclito, o Obscuro: “O universo é como um rio que...”
— Perguntava a respeito do automóvel...
— Ah! Bem, o automóvel, se a gente quiser usar uma classificação, digamos, mais aristotélica, trata-se, sem dúvida, de um ser inanimado.
— Como? Acho que o senhor não entendeu. Quero saber qual é exatamente o problema do carro: motor? Carburador? Radiador?
— Sob que ponto de vista?
— O de dentro do capô, por exemplo!
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/na-oficina-mecnica.html)