RIO - Enviado especial da chacota ao Jardim Botânico, o humorista Marconi Leal também causou espécie ao adentrar a casamata número um da TV aberta. Causou Marconi tanta espécie - salivou feito buldogue, assoviou qual sagüi, saltitou como um lêmure, tudo isso simplesmente por estar diante do homem-mito -, que o humorista não foi capaz de entrever o verdadeiro esquema por trás do mito-homem Geneton Moraes Neto.
A Fábrica de Genetons.
Engendra-se na casamata número um da TV aberta um laboratório capaz de reproduzir Genetons em cativeiro. Aquele porte altivo, aquela inteligência de enxadrista aeroespacial, aquela barba grisalha como as noites enluaradas do Recife - sim, amigos, a clonagem humana já é uma realidade no Brasil.
Todas as inumeráveis qualidades do jornalista Geneton Moraes Neto estão sendo copiadas no subsolo da sala que ele divide com o neto de Mengele, o sobrinho bastardo de Che Guevara, os herdeiros cariocas de Elvis Presley e um punhado de editorialistas desempregados que se refugiaram na cadeira ao lado.
Em breve, muito breve, milhões de estudantes de jornalismo acreditarão que Geneton Moraes Neto tem o dom da ubiqüidade - hoje está simultaneamente em Casablanca, na Casa Amarela, na Casa Branca e na casinha.
Tsk, tsk.
Na verdade, seus clones é que estarão distribuindo entrevistas bombásticas pelo mundo.