— Vê se tu te comporta dessa vez, hein? E por favor, não diga a frase mágica!
— Eu, me comportar? E desde quando eu não me comporto na presença de estranhos?
— Quer a lista por ordem alfabética ou cronológica?
— Tudo bem. Admito que aqui e ali, uma ou duas vezes, me excedi no álcool. Mas nada que tenha provocado grandes problemas.
— Ah, você acha que arrancar o lustre da casa da Lucinha e sair pela sala rodando ele sobre a cabeça e cantando Beto Barbosa é algo a que todos estão acostumados?
— Não foi Beto Barbosa, foi Marquinhos Moura. E a fiação tava meio velha, você mesma viu.
— Tava, claro, ninguém tinha tentado brincar de rodeio com o lustre antes. Isso pra não falar da vez que você pisou no bolo de aniversário da Maria Rita.
— Também, onde já se viu colocar o bolo na mesinha de centro, um lugar onde todo mundo sobe pra dar cambalhota?
— Vê se tu te comporta, pelo amor de Deus! E lembra que tu tomou aquele antialérgico. O remédio intensifica o efeito do álcool, Marconi.
— Mulher, pra que o nervosismo? Tá tudo sob controle.
— Ai!
— Que foi agora?
— Tu disse a frase mágica!
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