Antonio Fernando Borges:
"Formados segundo o credo re-vo-lu-cio-ná-rio, nossa imprensa e nossos intelequituais ignoram as regras e engrenagens do sistema capitalista – quer dizer, do mundo real, não dos tais “outros mundos possíveis”.
Em terra de capitalismo tão precário e mal praticado, o mercado editorial não poderia ficar de fora – e um dos sintomas recentes deste drama é a questão do preço fixo do livro: não têm faltado editores e livreiros acusando a “injustiça criminosa” de grandes editoras e redes de livrarias que conseguem vender com desconto seus produtos (no caso, livros)
Seria o equivalente a achar absurdo que um supermercado consiga vender seus produtos (no caso, ovos, arroz e feijão) mais baratos do que a quitanda da esquina. Segundo esta ótica (deformada), justiça seria sinônimo de tabelamento. E tabelamento, caro leitor, todos nós sabemos ao que leva: escassez de oferta, mercado negro, etc"
(aqui, o texto completo:
http://antoniofernandoborges.com)