11 de junho de 2007

FELIPÃO, A GUERRA E A TERCEIRA PESSOA

Pelé, não o enrolado Edson, mas aquele a quem Edson só se refere a ele na terceira pessoa, o Pelé, quando jogava no Santos, conseguiu um milagre: paralisou uma guerra durante vários dias. Foi na África. No Congo, onde o sargento Kabila(pai. já morto) aprontava como um jovem "senhor da guerra", inclusive levando na conversa e traindo Guevara. Os soldados dos dois lados queriam ver Pelé jogar.


Li, estarrecido, que o "sargentão" Felipão vai fazer uma palestra em Jerusalém para palestinos e israelenses. Ele confessou que não sabe quase nada sobre o conflito, que já dura 60 anos e caminha para a casa dos 100, onde já chegaram Niemeyer, Dercy Gonçalves, Dona Canô e Ivete Sangalo. Mas Felipão disse que vai falar de paz e amor. O que vai acontecer? Irritados com o papo de auto-ajuda da "família Scolari", a guerra vai recrudescer: os palestinos aumentarão o lançamento de mísseis artesanais contra vilarejos de Israel e a heróica aviação israelense assassinará ainda mais crianças, mulheres e idosos.


Perdoemos, Scolari. Ninguém foge ao ridículo. Afinal, é fato histórico, as bombas do Congo só se calaram diante da transcendentalidade da terceira pessoa.