14 de janeiro de 2008

JORNALISTAS, CUIDADO COM A "SÍNDROME DA FRIGIDEZ EDITORIAL"! É UMA DOENÇA FATAL PARA A PROFISSÃO

O Sopa de Tamanco informa que o nosso distinto colaborador Paulo Polzonoff Jr acaba de postar, no site www.polzonoff.com.br, uma entrevista com o confrade Geneton Moraes Neto, a propósito do lançamento do livro-reportagem "DOSSIÊ HISTÓRIA" .

Trechos:

"Jornalistas que se deixam contaminar pelo tédio estão mortos para a profissão. Deveriam procurar outra atividade, com urgência. Assim, deixariam de maltratar a notícia, deixariam de jogar no lixo histórias interessantes, deixariam de sonegar informações aos leitores. O bom jornalista é o que olha a vida como se estivesse vendo tudo pela primeira vez. Não há exceção a essa regra"


"Talvez tudo tenha nascido da curiosidade que sempre tive sobre – por exemplo – personagens que viveram ou testemunharam grandes acontecimentos. É sempre fascinante ouvi-los. Tomara que eu não perca esta curiosidade. Porque, aí, eu terei sucumbido a uma doença terrível que grassa nas redações: a Síndrome da Frigidez Editorial. É uma doença que contamina as células de jornalistas entediados que acham que nada é interessante, nada deve ser relatado, nada é notícia. Coitados"

"Se fosse dar um palpite, diria que o livro não vai acabar. Já dura séculos. Eu diria que é a maior invenção humana: portátil, relativamente barato ( pelo preço de um vatapá posso comprar um Thomas Mann), acessível, manuseável, perfeito. O surgimento de uma mídia não quer dizer necessariamente que as outras vão desaparecer. A TV não matou o rádio. O cinema não matou a TV. Nada matou o livro. Pode ser que um dia surja um livro eletrônico imbatível, mas, por enquanto, o monitor não é o lugar ideal para trezentas páginas de texto. Quanto aos jornais impressos, eu tinha certeza de que eles também não desapareceriam. Mas hoje uma dúvida incandescente consome minhas florestas interiores. Tenho a impressão de que os jornais, ao repetir mecanicamente o que nós já soubemos na véspera pela internet e pela tv, estão cavando a própria sepultura. O incrível é que caminham para o buraco “por livre e espontânea vontade”


aqui, a íntegra:
http://www.polzonoff.com.br/entrevista-com-geneton-moraes-neto.htm#more-1016