Que mais chocou o senhor? A revolta dos estudantes, a atitude dos professores, as greves e a crise social ou o desequilíbrio e a deliqüescência do Estado?
Raymond Aron:
“A deliqüescência do Estado me impressionou, talvez exageradamente. Era um pouco desencorajador ver que um Estado que se apresentava sob uma forma decente, respeitável, dava a sensação de desmoronar sob golpes tão fracos. A França estava tão centralizada, e no regime gaullista tudo se concentrava de tal forma na pessoa do general De Gaulle que se, por razões acidentais, a autoridade do general fosse atingida, era como se o conjunto fosse posto em questão. Era ridículo que as algazarras dos estudantes na primeira semana fossem abordadas por De Gaulle no Conselho de Ministros.”