“Esse súbito derivativo ao tédio quotidiano, a quase-revolução, antes representada do que feita, despertavam simpatia, e mesmo entusiasmo. Os tumultos de rua que degeneravam em motins, os choques entre manifestantes e a polícia, sempre acusada de violência, cumulavam de prazer os amantes do teatro de marionetes, ávidos dos infortúnios do policial; a alegre aventura dos jovens, que partem a cada noite para as manifestações, refrescava o coração dos adultos – enquanto estes não descobriam seu automóvel inutilizado.” (Raymond Aron, Memórias)