30 de dezembro de 2008

15 PONTOS BÁSICOS PARA ENTENDER POR QUE DEUS NÃO É BRASILEIRO E PROVAVELMENTE NÃO TORCE PELO FLAMENGO

1. Se Deus fosse brasileiro, para começo de conversa, o sol não nasceria para todos, apenas para quem tivesse assinatura mensal, cujo preço seria o equivalente ao valor do sol pela cotação islandesa, multiplicado pela massa de Júpiter e dividido em prestações de acordo com o ano lunar.

Isso, caso você assinasse o pacote premium, que garantiria o direito a ver cinco cores, bronzear dois braços e uma perna, colocar seis cuecas no varal para secar (varal não incluído no preço) e fazer fotossíntese à vontade (promoção por tempo limitado). Outras propriedades e funções da luz poderiam ser compradas em raios individuais pelo sistema de pay-per-sun, que funcionaria ou não, a depender da sua fé nas atendentes de telemarketing.
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O pacote básico permitiria apenas fritar um ovo no cimento e queimar uma resma de papel com uma lupa. Porém, misericordioso, Deus pensaria nos mais humildes e encarregaria uma falange de anjos de vender baratinho o gato solar, gambiarra que, reaproveitando a luz da lua, incluiria também os serviços de segurança, fornecimento de gás natural e comércio de maná e espadas flamejantes.

2. Se Deus fosse brasileiro, as catástrofes naturais não atingiriam a todos indiscriminadamente. Com algum dinheiro por fora, avisaria os eleitos, com antecedência, da chegada de um furacão, de uma tempestade, de uma nevasca ou de uma sogra. Abriria um instituto de meteorologia através de um laranja, ficaria milionário e acabaria numa CPI, graças a denúncias do Espírito Santo, inconformado por não ter se envolvido na negociata. Subitamente elevado à categoria de herói nacional, o Espírito Santo posaria nu para a G Magazine e Deus fugiria para a Europa.
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3. Se Deus fosse brasileiro, as estações seriam 37, mas alguns juristas defenderiam a existência de 42; outros, de 29; outros, ainda, de 76; enquanto a OAB fecharia o caso em 11 ou 315, a depender da comissão. O que não significaria muito, porque, no final, só duas seriam observadas na prática: o Verão 1 e o Verão 2, não se sabendo exatamente sua ordem, data de início ou tempo de duração.
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