15 de junho de 2007

O jeca, de novo e sempre

Vivo dizendo que Monteiro Lobato é nosso verdadeiro Machado de Assis. Não fosse pela turma do Sítio, seria pelo Jeca Tatu, que dá de dez a zero em qualquer Macunaíma da vida. O Jeca é o personagem mais vivo da literatura brasileira. Olhe para o lado: lá esta ele, o Jeca. E eu nem queria dizer isso, mas... olhe para si mesmo. Algum sinal do Jeca?

Carioca adora se dizer cosmopolita só porque tem uma loja da Cartier em Ipanema. Que é a única do mundo que vende em 10 x sem juros, para os novos-ricos de plantão. Agora a cariocada me vem com esta de votar no Cristo Redentor. Recebo toneladas de spams sobre o assunto.

O Cristo Redentor é uma estátua feia num lugar bonito.

Nada mais Jeca do que estas cidades que se vangloriam de coisas medíocres. Uma estátua em pedra-sabão num morro que não tem nem 10% do Everest? Sinceramente. O que a classe-média carioca não quer ver é que o Rio do Cristo já era, madame, o Rio agora é o da Linha Vermelha e da Avenida Brasil pegando fogo. E não adianta se dopar de Regina Duarte, não. A senhora faria melhor se fosse bater panela como os argentinos fizeram há algum tempo.

Mas, neste caso, quem é que vai levar o poodle pra passear, né?

Humpf.