14 de junho de 2007

O orgulho de ser policial no nosso querido Brasil

Segurança pública é isso aí.

Deu no "Dia":

"Agentes da elite da Força Nacional de Segurança estão alojados em quartel do Exército cheio de ratos e de insetos, sem camas nem armários, com reboco caindo do teto e cheiro de mofo".

O título da matéria diz tudo, perfeito título que é: "Até parece uma prisão".

Isto é o nosso querido Brasil. Quando o assunto é segurança pública, o roto tem de perseguir o esfarrapado, desde que a classe média que consome notícias impressas por mais de R$ 1 não grite muito, e menos gritaria ainda venha de quem relaxa e goza ao consumir notícias em dólares e euros.

Quem se importa com segurança é o policial que não quer ser assassinado nem corrompido e um punhado de acadêmicos. Os políticos apenas nomeiam síndicos de massa falida.

E o papo de que a Polícia Federal é do balacobaco... Francamente. Grampos e exame de papelada são necessários, mas não são tudo. Quantas operações do FBI - conforme o modelo frei-betiano - envolvem INFILTRAÇÃO, para ficar numa técnica que sequer é disciplinada por lei no Brasil?

Aliás, qual é a verba e qual é o treinamento da corregedoria da polícia criada por William Bratton e Jack Maple para o então prefeito Giuliani? Por que não existe prestação de contas de balas disparadas no Rio, onde o cidadão é obstáculo dos tiranos da "habilidade"? Quanto é a pensão da viúva do PM morto em combate?

Estas são pequeninas perguntas. Os estudiosos do tema no nosso querido Brasil já formularam todas as necessárias. A resposta é a mesma: lidar com a segurança pública é desmanchar a auto-estima do brasileiro, e o brasileiro pode perder tudo, menos a auto-estima de ser brasileiro.