26 de junho de 2007

Quando serão soltos os delinqüentes de grife?

Mais uma cena da Estética da Impunidade que grassa no país. Três rábulas vestindo ternos Armani conduzem mais um delinqüente de grife que massacrou a empregada doméstica num ponto de ônibus de uma bairro de zona sul carioca. Os rábulas se esforçam para esconder o rosto do delinqüente de grife. A Estética da Impunidade faz com que surjam algumas perguntas:

1) Quem são os advogados da moça espancada pelos delinqüentes de grife? Até agora, não apareceu nenhum.
2) Por que a OAB do Rio de Janeiro não assume a causa da moça que teve o rosto destruído pelos delinqüentes de grife? Onde estão os rábulas da OAB? Só se interessam por bandidos de colarinho branco?
3) Por que o silêncio das organizações e entidades femininas e feministas do Rio de Janeiro sobre o massacre da empregada doméstica? A moça é pobre, tudo bem, mas tem uma dignidade e uma altivez (vejam como ela se comporta diante das câmeras) que as dondocas, as peruas e as feministas de boutique jamais terão.
4) E esse movimento folclórico "Rio da Paz" vai ficar caladinho, com seus lencinhos e balõezinhos?
5) E os intelectuais cariocas? Por que esse silêncio cúmplice? Jogaram a toalhinha branca para os bárbaros da nação-chacina? Respeitem, pelo menos, a memória de Antonio Calado, Nelson Rodrigues, Pellegrino, Paulo Francis.
6) E os deliqüentes de grife logo serão soltos?
7) Lembrem-se, manés cariocas, o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos começou com casos isolados, como a da senhora negra proibida de sentar nos lugares reservados aos brancos num ônibus e o dos estudantes negros que foram impedidos de estudar numa escola de brancos.
8) E esse Cristo, com sua passividade pétrea, nada faz? Mexa os bracinhos e puna esses calhordas.