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Se confirmada a denúncia de familiares das vítimas, o Brasil se supera em crueldade e indiferença. O tradicional e autoritário "sabe com quem está falando?" acaba de ser levado ao outro lado da vida. É a divisão de classes entre os mortos. Primeira classe, executiva, econômica? Nessa trama inimaginável de filme de terror, quem são os roteiristas mórbidos e classistas? Quem são os autores da segmentação dos cadáveres em subclasses? A denúncia não será apurada? Ou ficará no perverso top, top, top? O IML é estadual, o governador José Serra vai ficar em silêncio? Já se sabe que é inútil e demais pedir respeito aos vivos, mas se poderia pelo menos tentar impedir que os mais vivos e os vivaldinos desrespeitassem os mortos e os seus familares.