1 de julho de 2007

A Folhinha poderia ser mais inteligente

O colega de web-infortúnio Tony Marques tem razão. É preciso mostrar também os desenhos dos filhos dos policiais. Foi a briga do cineasta Pier Paolo Pasolini na Itália 68. Pasola defendia que os policiais também eram filhos do povo, e não apenas os bem alimentados estudantes das barricadas. Eu gostaria que a Folha de São Paulo também mostrasse os desenhos dos filhos das professoras que, no meio do tiroteio dos senhores da guerra, ensinam, estoicamente, aos filhos dos traficantes e aos filhos dos policiais. Os desenhos dos filhos das professoras dariam uma bela coletânea para ser enviada ao ministro da Educação. Veja, senhor ministro, o que pensam e sentem os filhos das professoras que arriscam a vida para educar as crianças do Complexo do Alemão e, no final do mês, recebem uma merreca, uma nonada do governo. Elas, senhor ministro, trabalham para que nunca mais haja tanto erro de concordância neste país. Tá ligado, analfa?