"Os deuses enlouquecem quem eles vão destruir."
Churrasquinho Grego, circa V a.c.
Eis que o sr. Marconi Leal, doravante chamado Mitômano, se apropria deste nobre espaço virtual para lançar ignóbeis jocosidades contra a minha estulta pessoa, sob o pretexto de desconstruir alegadas inverdades alegadamente contidas no relato que minha estulta pessoa tramou acerca da reunião intelecto-gastronômica mantida por aquele senhor e pelo jornalista Geneton Moraes Neto, doravante denominado Bola de Boliche (visto ter adquirido, o sr. Moraes Neto, recentemente, a monomania de derrubar).
Não é o caso de repetir, ad nauseam, a enfadonha lista de perfídias erguidas contra a minha estulta pessoa. Os nossos escassos acessadores se tornariam ainda mais escassos perante o desfile de biltres sandices.
Nem tudo são inverdades, porém.
É fato notório o senso de proteção que me impele ao monitoramento dos hábitos de Bola de Boliche. Faço-o somente para preservar o Erário. Mais não digo. Somente indico o pesado silêncio dos srs. Paulo Polzonoff "Cotoco" Jr. e Amin "Juros" Stepple em toda esta fútil polêmica. A procuradoria há de auscultar o sopro dos respectivos corações.
Também é fato, de resto público, o envolvimento de minha estulta pessoa com a sra. Zélia. À época, e perdoem-me os acessadores escassos quando cometo confissões de tal monta, era jovem a minha estulta pessoa. Por jovem, minha estulta pessoa tinha o lubricamente patriota desejo de fornicar com a nação. Mais não digo. Somente indico o pesado silêncio dos srs. Paulo Polzonoff "Cotoco" Jr. e Amin "Juros" Stepple em toda esta fútil polêmica. A procuradoria há de auscultar o sopro dos respectivos corações.
Portanto, esclarecidas as alegadas acusações, poupar-me-ei. Perda de tempo seria enxugar o fel.
Calar-me-ei acerca da jogatina pesadíssima promovida por Mitômano e Bola de Boliche no almoxarifado do Hospital do Câncer - não, jamais falarei sobre isto.
Da boca da minha estulta pessoa não verterão testemunhos sobre o anão boliviano que rondou a mesa do Alvaro's na noite em que o Leblon e a Bolsa de Tóquio tremeram.
Escusar-me-ei das ilações quanto ao bambolê de neon com que Mitômano, àquela altura trêfego como um senador, quis se exercitar diante da antiga sede do Ministério do Exército, sob o sacro pretexto de ser artista contemporâneo.
Para sempre manterei segredo no que tange ao que Bola de Boliche declara sentir por ascensoristas mancos.
Posso ter perdido os cabelos. A dignidade, entretanto, é imperdível.