Com a morte de Mário Carneiro, a maior reverência que poderia se fazer ao excelente diretor de fotografia de dezenas de filmes brasileiros seria pressionar a Justiça para que o filme "DI", de Glauber Rocha, com fotografia de Carneiro, fosse liberado. Se esbravejou muito, e com razão, com a proibição e censura do livro biográfico sobre Roberto Carlos, mas "DI" está interditado pela Justiça há décadas, a pedido de familiares do pintor Di Cavalcanti. Uma medida judicial que ainda é resquício da ditadura. O curta, quando passa por aí, é sempre de forma clandestina, cópias sem qualidade. Os cineastas brasileiros poderiam dar um tempo na profícua cruzada das leis de incentivos e confrontar a Justiça.
Nas retrospectivas programadas para a obra de Mário Carneiro, deve-se escalar o único longa que ele dirigiu: "Gordos e Magros". Quem entender alguma coisa será premiado com dois ingressos para assistir ao último filme de Daniel Filho.