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Acontece com a regularidade de um escândalo político. Estou eu tranqüilo, numa festa ou num bar, quando ouço aquela voz entusiasmada:
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— Marcooooni!
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Olho em sua direção, já relativamente pálido, e não reconheço o indivíduo que se aproxima, de braços levantados e sorriso nos lábios. E, o que é pior, não há espaço suficiente para eu me esconder dentro do copo de cerveja.
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— Tá lembrado de mim?
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A pergunta fica no ar, enquanto faço uma careta, pensando se finjo que estou tendo um derrame agora ou espero mais um pouco.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/02/memria-de-elefante.html)
