Acordei anteontem com uma depressão que atingiu sete pontos na escala Raskolnikov. Uma empilhadeira de médio porte não conseguiria me tirar da cama. E não, evidentemente, pelo excesso de peso. Quanto a isso, um macaco hidráulico resolveria o problema.
Nessas ocasiões, costumo ficar tão comunicativo quanto um peixe. Com a diferença de que não abro a boca e, deprimido, tampouco consigo tomar banho. Uma montanha seria capaz de se movimentar mais do que eu no auge da crise — e isso, mesmo sem o auxílio de Maomé. O Gianecchini seria mais expressivo, o ex-ministro Waldir Pires teria um poder de reação maior do que o meu.
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