Qualquer criança sabe que as empreiteiras estão por trás de noventa vírgula quatro por cento dos casos de mega-corrupção ocorridos no Brasil.
Com uma ou outra variação, o esquema sempre funcionou assim: quando ocupa um cargo exectuvo, o político corrupto super-fatura uma obra pública. A empreiteira enche as burras de dinheiro. Em seguida, paga uma comissão ao corrupto - de preferência, em dólar, no exterior.
Há variações em torno deste enredo: em troca de "agrados", o político corrupto pode também defender com unhas e dentes,no Congresso, emendas de interesse das empreiteiras. É um jogo de corruptores e corruptos que se arrasta há décadas.
Dá para imaginar a festa que as empreiteiras não devem ter feito ontem com a confirmação da Copa no Brasil.
Bilhões serão gastos em obras.
O Sopa de Tamanco fez todos os cálculos: as chances de super-faturamento são de nove vírgula oito em dez.
Tomara que, num gesto de fervor patriótico, as empreiteiras separem uma parte do dinheiro para recompensar cada juiz que marcar um pênalti contra a Argentina.
Terminada a festa, deveriam ir todos para a cadeia.