Não sei se meu companheiro de SDT acatou bem as "desculpas" de F. Wolff no caso de plágio descarado. Eu achei de uma canalhice sem tamanho a crônica na qual o autor se dá a alcunha irônica de plagiário - uma ironia evidente de quem se acha acima do bem e do mal.
As desculpas são um ataque. Em nenhum momento F. Wolff reconhece o erro. Ele dá uma série de justificativas. E, para piorar, ataca um leitor que o acusou de... plágio. Dá até os dados todo do leitor, o que, se não me engano, é grave delito de ética jornalísticas. Se bem que, sabemos, F. Wolff não liga para isso.
Aliás, desta história toda ficou a lição (para aqueles que ainda não tomaram conhecimento): o JB já era. Morreu. A total ausência de satisfação do jornal para com os leitores é grave sintoma de autismo jornalístico. O JB é um expoente desta arrogância que, infelizmente, esta disseminada. Jornalistas escrevem para jornalistas. O leitor que se dane.
Voltando ao Sr. Lobo, vale notar que ele faz parte de certa elite intelectual do País que reflete bem o caráter da nação. Repare que ele não abaixa a cabeça para o leitor, esta plebe intelectual, porque se acha acima dela. Conhecedor do bem e do mal, dono de vidas - se este tipo de gente toma o poder vai faltar muro. Incapazes de assumir um erro, são o que há de mais representativo da honra nacional.
O pior é que esta raça deixou um legado: mais e mais intelectuais de botequim arrogantes, incapazes de reconhecer um erro e de pedir desculpas. Pior: orgulhosos dos próprios defeitos. É gente que admira Jaguar pelo caso Simonal. O cartunista jamais pediu desculpas. Pelo contrário, arrebitou o nariz. Psicanaliticamente, entende-se: é a defesa dos baixos. Tática que boa parte das pessoas que cresceu sob a aura de (falsa) grandiosidade do Pasquim reproduz, como se fosse um exemplo de altivez moral.