14 de dezembro de 2007

A PROPÓSITO DE FRANCESES

Ninguém me contou, eu vi: não existe nada tão insuportável na face do planeta quanto intelectuais franceses cheios de caspa, com o cabelo oleoso, cachecol pendurado no ombro e pronúncia cheia de vícios horrorosos- como aqueles suspiros que disparam perdigotos rumo ao rosto de interlocutores indefesos. Jamais chegue a menos de um metro de um francês. Você será banhado por perdigotos voadores. Pausa para vômito. Parágrafo.

Passei um ano e meio à beira do Sena. Dezoito meses. Faço as contas: cerca de 540 dias e noites irremediavelmente jogados no lixo. Consegui uma vaga no DEA, Diplomas de Estudos Aprofundados em Cinema na Universidade de Paris 1, a celebérrima Sorbonne. O nome é pomposo. O curso é um festival de francesises inúteis : professores caspentos evocavam Platão para falar durante horas de uma cena perdida de um filme de Hitchock. Blá-blá-blá. Inutilidades. Coisa de sebosos entediados.

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