19 de dezembro de 2007

UM PEDIDO SINCERO AOS EFOCs ( EQUÍVOCOS FEITOS DE OSSO E CARNE) NESTE MOMENTO DE CONGRAÇAMENTO UNIVERSAL: PAREM DE CANTAR EM ENTERROS!

2008 vem aí! "Grande coisa...", diria o espírito-de-porco que habita meu zoológico interior. "Pelo menos pode ser melhor do que este 2007 estúpido", declararia o anjo-da-guarda, num momento de desatenção.

Mas tenho uma esperança firme: a humanidade progredirá drasticamente se, em enterros de gente famosa, ninguém, nunca, jamais, sob hipótese alguma, começar a cantar.

É inapropriado, é patético, é ridículo, é constrangedor.

Pergunta-se: em nome de todos os santos, o que é que custa ficar calado num enterro ? É tão difícil assim manter o lábio superior colado ao inferior? Por que não dar um repouso merecido às cordas vocais ? Não se deve cantar Hino Nacional em cemitério nem, muitíssimo menos, músicas feitas pelo morto. Ou hinos de clube de futebol. Ou toda e qualquer combinação de notas musicais.

Cemitério é lugar de silêncio. Mas há sempre um EFOC ( Equívoco Feito de Osso e Carne ) que começa a cantar.

Forma-se, então, o grande coro dos EFOCs - que, à noite, viverão seus dois segundos de fama no penúltimo bloco do telejornal local.