21 de janeiro de 2009

SOBRE CETÁCEOS (E ALGUMAS CADEIRAS)




Dizem que baleias se comunicam. Não com a gente (ainda bem), mas entre si, o que seria, de acordo com os especialistas, sinal, quando não prova cabal, de inteligência. Tolice, claro. Nem se sabe ao certo o que conversam. Vai que passem horas abissais comentando o que passa na tevê...

Abro parêntese. Além disso, conversar entre si não pode ser sinal de inteligência. Do contrário, as cadeiras seriam até mais inteligentes que as baleias. Afinal, todos sabemos que também as cadeiras conversam umas com as outras. E em segredo, em registro sonoro inaudível para nós. Ou se valendo, quem sabe, de sinais que nossos instrumentos não captam. São tão argutas por isso?! Ora, é sabido que as cadeira passam a vida levando na cabeça, que todo o mundo se enconta nelas. Reagem? Continuam de quatro. Insurgem-se? Alguém já ouviu falar de que alguma revolução das cadeiras? Quando muito, rola (róla) a dança delas – mas não motu proprio. Mobilizam-se contra isso? Nada. O único movimento de cadeiras pra valer é aquele que faz o marmanjo olhar para trás, destroncando o próprio pescoço, se for preciso. Fecho parêntese.

As baleias são o que são. Pauta para ambientalistas. E baleeiros. Inteligentes, as baleias? Não. Agora, falar mal dos golfinhos... Aí não. Ninguém pode duvidar da inteligência de quem cria, em prol da humanidade, uma estrovenga como a que se vê na imagem que ilustra este post.

E, ainda por cima, assina a obra-prima.