16 de junho de 2007

SOPA DE TAMANCO / MOMENTO TERNURINHA



Quase que por acaso, testemunhei uma cena bonita: uma troca de abraços comovidos entre dois grandes artistas da pena, Ziraldo e Elifas Andreato - aquele que desenhou belas capas de disco na era do vinil. Ao lado, Paulinho da Viola e Martinho da Vila.

Ziraldo diz no ouvido de Andreato: "Eu acabo de dizer a Paulinho da Viola que ele é a coisa mais parecida com uma capa de Elifas Andreato....".

De fato: o Paulinho da Viola desenhado na capa do disco "Nervos de Aço", com um buquê de flores na mão e lágrimas nos olhos, parece tão real quanto o Paulinho da Viola "de carne e osso" que circulava hoje, sábado, na inauguração da exposição de Elifas Andreato no Centro de Referência da Música ( Rua Conde de Bomfim, 824, Tijuca).

O desenho virou uma foto pendurada na parede dos anos setenta.

Quantas e quantas capas de disco são esquecidas trinta segundos depois de vistas?

Mas esta ficou.

Parece o verso de Carlos Drummond: "Um ramo de flores absurdas mandado por via postal ao inventor dos jardins":

http://vejasaopaulo.abril.com.br/entrevistas/m0117294.html