É lamentável que um escritor criticado prefira partir para o ataque pessoal a defender sua obra. E quando não há obra a defender? Aí é um problema sério. Há pouco mais de um ano a Veja deu um cacete justo no escritor André Sant’Anna, que, num texto para o Rascunho, não só faz biquinho como acusa Jerônimo Teixeira de estar a serviço, não de sua consciência e preferências estético-literárias, mas do seu chefe, o redator-chefe de Veja, Mario Sabino, jornalista culto e de texto impecável.
O texto de André Sant’Anna é ruim, mal construído. Sua obra padece de uma pobreza, de um primarismo estético, deplorável. E não é só isso. O moço salpica palavrões como um pizzaiolo o faz com o orégano. O palavrão é o alicerce de sua produção literária, e é o que a define, justifica e celebra. André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Se hoje fossem abolidas as palavras “porra” e “caralho” o moço teria que vender laranja na praça.
Digo e repito: André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Antes de se tansformar no Paulo César Pereio da literatura brasileira recente, Sant’Anna tocou baixo, compôs músicas e trabalhou com publicidade. É o caso de fazer o caminho de volta.