5 de julho de 2007

CENAS DA COMÉDIA JORNALÍSTICA



O melhor do jornalismo é o que não se publica. Já disseram.

O pobre do leitor começa a ler uma entrevista com um desses atores que foram oferecidos à redação pelo assessor de imprensa da companhia distribuidora de filmes.

Em noventa e cinco vírgula oito por cento dos casos, o ator só pronuncia obviedades e platitudes. Ah, o filme foi uma experiência incrível. A floresta amazônica precisa ser salva. O diretor é talentosíssimo. O aquecimento global
é um absurdo.

Mas, o que acontece nos bastidores de uma entrevistas assim ?

Os jornais deveriam criar, obrigatoriamente, uma seção chamada "bastidores", uma espécie de PS para entrevistas e reportagens, em que o repórter descreveria em dez linhas aquilo que, em situações normais, nunca aparece nos textos publicados.

A seção seria um sucesso.

Coisas assim: PS: o ganhador do Prêmio Nobel exalava mau hálito quando chegou para a entrevista. A cantora disse o tempo todo "o óculos". O escritor deu uma bronca na mulher na frente do repórter.

Aqui, o relato de como funciona a tal "indústria do entretenimento" na hora de fazer contato com a imprensa:


http://www.geneton.com.br/archives/000017.html