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Do blog de Antonio Fernando Borges:
"A crítica literária (que hoje, praticamente, inexiste) costuma ser acusada de invejosa e destruidora de talentos. “Quem tem talento faz literatura, quem não tem faz crítica”, costumam dizer os ressentidos - quer dizer, os criticados.
Costuma-se também dizer que uma crítica “mais forte” pode destruir uma carreira, e até uma vida… Imagine o estrago que as palavras abaixo teriam produzido na vida de qualquer desses “coitadinhos” nossos contemporâneos.
Não foram proferidas por nenhum “invejoso” de plantão, mas pelo grande crítico Sílvio Romero, sergipano de boa cepa. E, graças a Deus!, do outro lado do balcão, na “alça de mira”, estava ninguém menos do que Machado de Assis, que não “morreu” nem desistiu diante de palavras tão pouco… “airosas” - e quase todas proferidas enquanto Machado vivia e escrevia!
Com vocês, este confronto de titãs:
“Homenzinho sem crenças.”
“Lamuriento, burilador de frases banais.”
“O mais pernicioso enganador.”
“Sereia matreira.”
“Uma dessas criaturas infelizes, pouco ajudadas pela natureza.”
“Não tem, por circunstâncias da juventude, educação científica.”
“Teve bastante habilidade, bastante jeito, para não tomar partido no debate.”
“Quanto às idéias, não segue nenhuma, porque não as compreende.”
“Bolorento pastel literário.”
“Sem idéias, sem vistas, lantejoulado de pequeninas frases, ensebadas fitas para efeito.”
“Completamente chato, inteiramente nulo. O estilo é detestável (…), mudo ou completamente gago.”
Como diria meu sábio avô: “E ainda dizem que o mundo evolui!”
(aqui :http://www.antoniofernandoborges.com/)