24 de agosto de 2007

NO TRIBUNAL (1)

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ADVOGADA: Cabelo. Jamais esta criatura abominável foi capaz de perceber quando a mulher cortou o cabelo ou mudou o penteado. Tampouco sabe apreciar coisas essenciais ao pleno funcionamento das instituições, como as distinções evidentes entre o verde-musgo e o verde-capim, o salto 15 e o salto 20, a sandália de dedo e a de bico fechado, e não tem a mais remota noção do que é o poliéster ou o crepe.

RÉU: Mentira, Excelência! Sei perfeitamente o que é um crepe. Inclusive adoro o de chocolate.

JUÍZA: Silêncio no tribunal! Prossiga.

ADVOGADA: Este ente odioso é inapto ao ponto de raras vezes acertar o jato de urina dentro do vaso sanitário. E apesar de em sua defesa querer alegar que sofre do mal de Parkinson, temos sérias razões para acreditar que o faz, pura e simplesmente, por má fé.
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/julgamento-de-um-ru-numa-sociedade_22.html)