1 de setembro de 2007

DAS SUTILEZAS DO AMOR

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— Vamo parar. Ufa! Deita aqui na grama comigo um pouquinho. Aaah!
— Levanta. Eu te ajudo.
— Não, pára com isso, Romualdo, já disse que não gosto disso.
— De quê?
— Da tua teimosia. Você é muito insistente, nunca aceita o que eu digo.— Aceito, sim. Vem. Só mais uma volta, correndo.
— Romualdo, nem por cem reais você conseguiria me fazer levantar agora, tá entendendo?
— Será?
— Vê? É disso que eu falo: você não dá o braço a torcer. Já disse que tô morta de cansada. E além do mais, não tô me sentindo bem. Olha aqui o meu rosto. Tá notando alguma coisa estranha em mim?
— Você diz além das antenas e das escamas verdes?— Sério. Eu tô meia zonza.— Certo. Em que metade você tá zonza exatamente: a da direita ou a da esquerda?— Eu à beira da morte e tu corrigindo o meu português, Romualdo? Ah, e não se preocupe que eu tô à beira da morte com crase, viu?
— Deixa eu ver.
— A crase? Olha aqui: a a beira da morte, a a...
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