1 de setembro de 2007

Irreflexões embaladas de sábado à noite

1) Derrama axiomática
Em coletiva, o presidente Lula disse que todos os brasileiros defendem uma reforma tributária. O Congresso deverá discutí-la a partir deste mês. Várias propostas entrarão em pauta. Mas a mais importante é esta: os herdeiros do dono da verdade devem pagar imposto de transmissão?

2) Educação pela pedrada
O ofício de atirador de faca só lâmina contra o senso comum prescinde, ao contrário do que se exalta, de coragem pessoal. É necessário apenas que o atirador seja desprovido de qualquer senso. Se não for assim, é um catequista dissimulado.

3) Poesia pura
Quando, numa crônica antiga, Drummond elogiou o distraído comércio do sábado, inexistiu ironia. O mercado de pó da Rocinha ainda não estava consolidado.

4) Q.I. não se discute
Li com atenção a Revista Contigo. Deborah Secco continua gostosíssima. Confessa que deixou de ser romântica, o que é lamentável. Namora um jogador de futebol, o que deve ser ainda mais lamentável. Mas olhando-se bem para a língua de Deborah Secco se percebe logo que ela é mais inteligente do que Einstein.

5) Fogo amigo
Enfim, aquela horrenda expressão popular -- "é briga de cachorro grande" --- encontrou sua mais expressiva ilustração, com todo o respeito, no STF, a mais alta Corte do país. O ministro Eros Grau vai processar o outro ministro, Ricardo Lewandowski. De quem a culpa? De Marília de Dirceu, é claro