.
— Aderaldo, exceto se, por acaso, numa das inúmeras junções aleatórias de letras que formam os refrões das músicas baianas, calhar de sair um “chep”, em que outra oportunidade você acha que alguém vai usar a palavra? Me diga.
— Tudo que a gente precisa é de um pequeno apoio da mídia. Tu não lembra do “imexível” do Magri? Ele ficou milionário com aquilo! Todo mundo querendo ouvir o neologismo de sua própria boca. E Fernando Henrique e o “nhenhenhém”? Ahn, ahn? Já te vejo na USP, em Harvard, em Oxford, mulher, discorrendo sobre tua invenção. Camisetas nos cinco continentes estamparão a palavra. Gilberto Gil vai empregá-la num discurso sobre a interpenetração sanitária dos vodus ultra-estóicos da Eurásia. O Lula vai querer falar também, mas vai acabar dizendo “chechep” ou “chenep”. Bono Vox virá a público defendendo que os africanos pronunciem “chep” sem pagar os direitos autorais. Os ianomâmis...
.
(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/esprito-empreendedor.html)