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— Você não tá entendendo, mulher, não é todo dia que a pessoa cria uma interjeição. Da chegada dos galegos a Pernambuco até a popularização do “oxente”, quantos anos você imagina que se passaram? Quiçá séculos! E o “bah”?
— Que bar?
— O “bah”! O “bah” do gaúcho!
— Nunca fui a bar de gaúcho nenhum, Aderaldo. Onde é que você tem andado, hein? Que história é essa?
— “Bah”, mulher! A interjeição: “bah”! Quantas gerações não terão sido necessárias pra transformar “barbaridade” numa simples sílaba!
— Má!
— “Má”, não: “bah”!
— Não, é “má” mesmo. Levei poucos segundos pra transformar “maluco” numa interjeição.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/09/esprito-empreendedor.html)