"Eu me vi,então, engajado na guerra não declarada entre os modos de percepção chamados jornalismo e ficção. Para ser exato, eu estava do lado da ficção. Julgava que a ficção podia nos levar mais perto da verdade que o jornalismo, o que não quer dizer que se devam inventar fatos quando se escreve um relato sobre gente de verdade".
"Eu me empenharia em apurar os fatos tão escrupulosamente quanto um repórter ( no mínimo!). A diferença estaria em outro lugar. O jornalismo supõe que a verdade sobre um evento pode ser encontrada mediante o uso de princípios que remontam a Descartes. Com efeito, a verdadeira premissa do jornalismo é a de que o melhor instrumento para avaliar a história é um gravador sem rosto e sem intelecto. Ao passo que o escritor de ficção está mais próximo do mundo em movimento de Einstein. Ali, a velocidade do observador é tão crucial para a avaliação quanto qualquer objeto observado"
(idem)