22 de novembro de 2007

ASTAFÂNIO CARLOS

Astafânio Carlos sempre foi uma figura tão macavenca que, ao nascer, em vez de chorar, ele olhou para o médico e ameaçou:

— Se tocar em mim, recorro ao Estatuto da Criança e do Adolescente, hein?

No colégio, enquanto todos os meninos seguravam a bolinha de gude entre o indicador e o polegar, ele a atirava pressionando o mínimo da mão esquerda sobre o médio da direita, e gritava:

— Curucucu, curucucu!

No futebol, rolava no chão às gargalhadas ao ver seu time perder um gol.

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