Assim falava Nicomar Lael:
"Gosto da interpretação que Rockwell Blake dá à “Dalla sua pace”, precisamente por tudo aquilo que os críticos nela detestam: o riso estúpido no rosto, o exagero, a voz vacilante. Quem quer que queira interpretar Don Ottavio tem que se equilibrar entre a parvoíce, a pusilanimidade do personagem e a sublimidade do sentimento que ele expressa naquele instante. Sem dúvida há vozes melhores para a ária. Também a interpretação de Winbergh tangencia esse equilíbrio, sem cometer os excessos. Mas o excedente, no caso de Blake, parece indicar o caminho. Por isso fico com ele".
(Mais, aqui)